Autor: Lusa/AO online
Com o primeiro lugar do Grupo D e a qualificação para os 16 avos-de-final garantidos, Carlos Carvalhal poupou alguns titulares e da visita à capital alemã trouxe a primeira derrota na competição, enquanto o Hertha festejou o apuramento.
O golo dos alemães surgiu aos 70 minutos, por Gojko Kacar, que empurrou a bola para o fundo da baliza com a barriga, após um cruzamento do flanco direito, com Abel e Grimi a seu lado, a observarem.
O Sporting não conseguiu apagar a má imagem da derrota com a União de Leiria para o campeonato, apesar de ter defrontado o último classificado destacado da Bundesliga e de ter detido o domínio do jogo durante largos períodos.
Carlos Carvalhal voltou a apostar no 4x2x3x1, com um meio-campo reforçado com cinco unidades, o que permitiu ao Sporting ter mais posse de bola perante um Hertha retraído em campo, a convidar os 'leões' a assumir a iniciativa, numa opção estratégica decorrente do facto de o empate garantir o apuramento aos alemães.
Mas o facto de o Sporting ter mais posse de bola não se traduzia em mais acutilância e profundidade no seu ataque, cuja inoperância foi confrangedora face a um avançado, Carlos Saleiro, quase sempre desapoiado, com a agravante de este sentir grandes dificuldades para segurar a bola e permitir a subida em apoio dos médios.
O Hertha, que é a pior equipa da Liga alemã, também não fugia da mediocridade e não foi capaz, tal como o Sporting, de criar durante toda a primeira parte uma oportunidade de golo, quase reeditando o jogo de Alvalade em termos de mau futebol.
Na segunda parte, Carlos Carvalhal trocou Izmailov por Vukcevic, mantendo, porém, o mesmo sistema e as mesmas insuficiências atacantes do Sporting, apesar de o montenegrino surgir com maior assiduidade do que o russo no apoio, em diagonais, a Saleiro.
A primeira oportunidade de golo da partida surgiu apenas aos 70 minutos, quando o colombiano Ramos, isolado, chutou contra o corpo de Rui Patrício, um minuto antes do único golo da partida marcado por Kacar.
O Hertha viu-se em vantagem sem o ter justificado, mas esse golo tranquilizou e soltou a equipa, que fez um razoável quarto de hora final, perante um Sporting que criou a sua primeira oportunidade de golo aos 86 minutos, num remate à meia-volta de Saleiro, no coração da área, detido pelo guarda-redes.