Açoriano Oriental
Saúde pondera reforçar linha telefónica perante procura dos utentes

Aumento do fluxo de chamadas leva à demora na resposta. Secretária regional diz que serviço já foi reforçado, mas que pode vir a receber mais profissionais de saúde

Saúde pondera reforçar linha telefónica perante procura dos utentes

Autor: Nuno Martins Neves

Com o Hospital do Divino Espírito Santo inoperacional devido ao incêndio de sábado, o serviço de Urgências tem sido assegurado pelos centros de saúde da Ribeira Grande, Vila Franca do Campo, Nordeste, Povoação (abertos 24 horas) e Lagoa (das 8h às 24h), bem como pelas Urgências da CUF Açores. No entanto, as entidades recomendam que os micaelenses liguem primeiro para a Linha Saúde Açores (808246024) e para o 112, antes de se deslocarem para os locais.

Mas de acordo com os vários relatos que chegaram ao Açoriano Oriental, a resposta da Linha Saúde Açores tem sido demasiado demorada, levando, por vezes, a tempos de espera superiores a meia hora.

Questionada pelo Açoriano Oriental, a secretária regional da Saúde revela que o serviço já foi reforçado na segunda-feira e que apesar do número de chamadas ter aumentado, “as pessoas estão a ter resposta”.

“Numa fase inicial, muitas das chamadas que a linha recebeu relacionaram-se com informações relativas à situação vivida no HDES. Nas últimas 24 horas, esse recurso à linha caiu para metade, o que quer dizer que as pessoas estão a ter um melhor acesso à informação disponibilizada pelo HDES e pela USISM”.

Contudo, Mónica Seidi deixou em aberto que “se for necessário”, o Serviço Regional de Saúdeestá disponível a alocar mais profissionais de saúde à linha, “de forma a satisfazer os utentes”.

Cobrança de serviços na CUF

Ao jornal chegaram relatos de utentes aos quais foram exigidos valores pela utilização do serviço de Urgência do hospital privado da Lagoa. Questionado o diretor regional da Saúde, Pedro Paes, diz ter tido conhecimento apenas de um caso, logo no sábado, e que foi resolvido pelos serviços administrativos do HDES.

“Não tenho conhecimento de novas situações. O que posso referir é que todas as pessoas que forem referenciadas pelo 112 ou pela linha Saúde Açores, ou através dos centros de saúde, não pagarão”, assinala.

O jornal abordou ainda se houve necessidade de avançar com uma requisição civil por parte do Governo Regional para o envio de doentes para a CUF Açores e IPSS’s da ilha de São Miguel, tendo o diretor regional afirmado que “não houve requisição civil. Não esteve em cima da mesa, nem está ainda”.

Pedro Paes acrescenta que “o que houve foi um esplêndido sentido de colaboração de todas as áreas que podiam dar resposta ao que estava a acontecer no HDES e rapidamente - algo de valor e que nós nunca tínhamos passado - através da USISM, da CUF Açores, das IPSS e restantes clínicas, conseguiu-se uma resposta concertada, imediata quase, para garantir que todos os utentes tinham a continuidade dos cuidados necessários e garantir acessibilidade aos cuidados”.

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