Açoriano Oriental
Autárquicas
Rui Moreira, o independente que se recandidata sem "promessa de obras faraónicas”

O atual presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, de 65 anos, recandidata-se ao município que governa desde 2013 sem a “promessa de obras faraónicas”, mas com o intuito de “continuar a preservar a essência” da cidade.

Rui Moreira, o independente que se recandidata sem "promessa de obras faraónicas”

Autor: Lusa /AO Online

“Recandidato-me para continuar a defender o Porto e a trabalhar para melhorar a qualidade de vida dos portuenses e das suas famílias”, afirmou à Lusa Rui Moreira, nascido em 08 de agosto de 1956, no Porto.

Licenciado em Gestão de Empresas pela Universidade de Greenwich, em Londres, o candidato, o mais velho de oito irmãos, recebeu em 1978 o prémio de melhor aluno do curso.

A detenção do pai, Ruy Moreira, durante o período revolucionário do pós-25 de Abril viria a ser, em 1975, um dos períodos “mais conturbados” da sua vida, assim como quando, aos 27 anos, recebeu um diagnóstico que lhe dava “a morte como certa”.

Ao fim de três anos a fazer hemodiálise e depois de receber um transplante de rim de um dos seus irmãos, contrariou “o veredicto que a medicina atirou sem hesitações”.

Desde então, tornou-se ativo na organização e na participação em fóruns e debates sobre a defesa dos interesses do Porto e da região Norte, tendo participado como cronista e comentador político e desportivo em diferentes meios de comunicação social.

Passou pela área do comércio, da cultura, do ensino superior na Universidade do Porto e na Universidade Católica Portuguesa, tendo também tido, paralelamente, uma empresa de navegação. 

Em 2001, foi eleito presidente da Associação Comercial do Porto, cargo que exerceu até 2013, ano em que, por sua decisão, suspendeu o mandato para se dedicar em exclusivo à corrida ao município.

Eleito pela primeira vez presidente da Câmara do Porto em 29 de setembro de 2013, pelo movimento independente “Rui Moreira: Porto, O Nosso Partido”, recandidatou-se à presidência em 2017, conquistando então a maioria absoluta.

A vela, desporto náutico em que obteve títulos de campeão nacional em seniores e juniores, é o seu principal ‘hobbie’, assim como o seu “clube de coração”, o Futebol Clube do Porto, no qual é atualmente membro do Conselho Consultivo.

A par da vida política, Rui Moreira publicou livros como “Balada da Média Virtude”, lançado recentemente e no qual, em coautoria com Fernando Freire de Sousa e Guilherme Costa, reflete sobre “política e economia de um país cronicamente refém do centralismo”.

“TAP – Caixa Negra – Os bastidores da guerra séria entre a TAP e o Porto”, “Rumo ao Abismo” e “Uma questão de caráter” são outras das obras que marcam o percurso do autarca.

Candidata-se com o lema “Aqui Há Porto” a um terceiro mandato para “continuar a preservar a essência daquilo que o Porto é”.

“Trabalhador, humanista, autêntico, leal, empreendedor, resistente e, como dizia Miguel Veiga, muito orgulhoso”, referiu o candidato, apoiado por CDS-PP, Iniciativa Liberal, Nós, Cidadãos!, MAIS – Movimento de Cidadania Independente e Partido da Terra (MPT).

O Mercado do Bolhão, o Terminal Intermodal de Campanhã e o Cinema Batalha são alguns dos projetos que “a pandemia atrasou” e que pretende concluir, projetando um “futuro ainda melhor para a cidade e para os portuenses”, ainda que tal possa trazer, diz, “perseguições e dissabores”.

Duplicar a área verde da cidade, aumentar a habitação acessível, isentar o pagamento do Imposto sobre as Transmissões Onerosas (IMT) na aquisição da primeira habitação permanente até aos 35 anos e tornar gratuitas as refeições escolares para todos os alunos do pré-escolar e ensino básico da rede pública municipal são também alguns dos objetivos.

“Não podemos deitar a perder tudo aquilo que conquistamos nestes últimos anos”, acrescentou.

Miguel Pereira Leite encabeça a lista do movimento independente à Assembleia Municipal do Porto.

No concelho foram também apresentadas as candidaturas de Ilda Figueiredo (CDU - PCP/PEV), Diogo Araújo Dantas (PPM), Sérgio Aires (BE), André Eira (Volt Portugal), Bebiana Cunha (PAN), Tiago Barbosa Rodrigues (PS), António Fonseca (Chega), Bruno Rebelo (Ergue-te), Diamantino Raposinho (Livre) e de Vladimiro Feliz (PSD).

Em 2017, o movimento de Rui Moreira conseguiu sete mandatos nas autárquicas, aos quais se somam quatro eleitos do PS, um do PSD e um da CDU.

As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.


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