Açoriano Oriental
Região aperta regras para contactos de casos de Ómicron

Quando já foi detetado terceiro caso de Ómicron, Região decidiu ‘apertar’ regras para contactos de alto e baixo risco, e de segunda linha

Região aperta regras para contactos de casos de Ómicron

Autor: Paula Gouveia

A Região decidiu estabelecer regras específicas de testagem e isolamento dos contactos de alto e baixo risco, e de segunda linha, associados a casos suspeitos da nova variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, sem distinção de vacinados e não vacinados.

Segundo a circular, atualizada ontem, sempre que for detetado um caso positivo com suspeita ou confirmação da nova variante Ómicron, deverão ser rastreados, todos os contactos de alto e baixo risco associados a este caso, bem como os contactos de segunda linha. E deve ainda proceder-se à implementação de medidas de controlo, com o isolamento profilático dos contactos de casos de infeção pela variante Ómicron ou com história de viagem à África Austral (África do Sul, Angola, Botswana, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Essuatíni, Zâmbia), nos 14 dias anteriores, independentemente do estado vacinal, pelo princípio da precaução em Saúde Pública”.

A decisão surge depois de terem sido detetados três casos da nova variante nos Açores - um na Terceira (na terça-feira) e dois  em São Miguel (ambos na quarta-feira).

Como explica Berto Cabral, diretor regional da Saúde e Autoridade de Saúde Regional,  “mesmo com a vacinação completa a pessoa fica em isolamento durante 10 dias, fazendo um teste de imediato, outro ao quinto/sexto dia e ao 10.º dia, ou seja a abordagem é mais restritiva quando se suspeita de Ómicron”.

“Com o tempo e um maior conhecimento científico, é possível que isto seja alterado, mas tendo em conta a maior transmissibilidade - sete vezes maior segundo os últimos estudos -  teremos agora estas medidas mais restritivas para tentar conter mais rapidamente eventuais surtos com esta estirpe”, adiantou.

Estas regras já estão a ser aplicadas aos contactos dos três casos suspeitos de Ómicron já detetados nos Açores.

De acordo com Berto Cabral, em dois destes casos a nova variante foi identificada na sequência de testes feitos por residentes à chegada de viagens ao exterior da Região, mas no terceiro caso o diagnóstico foi feito na sequência de teste realizado após sintomatologia, e não está relacionado com nenhum dos outros dois casos.

Note-se que, segundo o último relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que se reporta a dados referentes ao período de 25 de novembro a 12 de dezembro, (e, portanto, anteriores à deteção de casos nos Açores), revelam uma “tendência fortemente indicadora da existência de circulação comunitária”.


Casos suspeitos de Ómicron

Foi detetado na quarta-feira à noite um terceiro caso suspeito da nova variante, em São Miguel, testado após sintomas de Covid.


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