Autor: Lusa/AO Online
Os números foram avançados pela MUSAMI (Operações Municipais do Ambiente), que detém o Ecoparque da ilha de São Miguel.
"A recolha seletiva de resíduos aumentou nos primeiros três meses do ano 16,11% [em relação a igual período do ano anterior], enquanto a indiferenciada decresceu 1,15%, reflexo de uma maior consciência das populações, que em simultâneo produzem menos resíduos perante o cenário de pandemia pela Covid-19 que estão a viver", lê-se num comunicado de imprensa da MUSAMI.
De acordo com a entidade, que tem sede na Ribeira Grande, de janeiro a março, o papel/cartão foi o resíduo que as pessoas mais separaram para reciclagem (1.056,4 toneladas), seguindo-se o plástico/metal (743,1 toneladas) e o vidro (507,1 toneladas).
"Os resíduos verdes/jardinagem, por seu turno, atingem 2.899,7 toneladas", é ainda revelado.
A MUSAMI admite que possa vir a registar-se "uma quebra de resíduos a descarregar no Ecoparque da ilha de São Miguel até ao verão, fruto do confinamento social determinado pelo estado de emergência, que fez parar diversos setores de atividade económica nos seis concelhos, entretanto limitados por cercas sanitárias".
A empresa intermunicipal, responsável pelo sistema de gestão integrada dos resíduos produzidos na ilha de São Miguel, tem vindo a alertar a população para os cuidados a ter com os resíduos produzidos em casa, devido à situação de pandemia, lembrando que as recolhas seletiva porta a porta e a indiferenciada "mantêm-se sem qualquer alteração ao nível dos horários".
"De acordo com instruções da Direção Regional do Ambiente, no caso de se encontrar em isolamento profilático/hospitalização domiciliária ou em quarentena, todos os resíduos devem ser colocados em sacos de plástico resistentes e descartáveis, sendo borrifados com lixívia a cada deposição", lê-se no documento enviado.
A MUSAMI assegura que "todos os resíduos recicláveis são colocados em quarentena antes de triados, não só para segurança dos colaboradores que operam no Centro de Triagem Automatizado, como por razões de saúde pública, evitando a propagação do novo coronavírus".