Açoriano Oriental
PS/Açores critica “planos vazios” e “promessas adiadas” no combate às dependências

O PS/Açores alertou para a gravidade do consumo de substâncias psicoativas na região, denunciando a existência de “planos vazios” e “promessas adiadas”, enquanto o Governo Regional destacou a “tendência de descida” nas dependências

PS/Açores critica “planos vazios” e “promessas adiadas” no combate às dependências

Autor: Lusa/AO Online

“A luta contra as dependências não se faz com planos vazios ou promessas adiadas. Faz-se com medidas concretas, acompanhadas de uma avaliação rigorosa e transparente, que nos permita corrigir o rumo sempre que necessário”, afirmou o deputado do PS/Açores Russel Sousa, na Assembleia Legislativa Regional, na Horta.

O socialista afirmou que o consumo de drogas ilícitas nos Açores é “cerca de duas a três vezes superior à média nacional” e que “cerca de 36% dos jovens açorianos relatam problemas associados ao consumo de álcool”.

O deputado evocou a situação dos sem-abrigo para considerar “urgente” a implementação da rede regional de cuidados continuados em saúde mental e defendeu uma “aposta na prevenção” e a reativação das 19 redes de intervenção local.

Russel Sousa alertou para a gravidade do consumo de substâncias psicoativas na região e questionou o trabalho da ‘task-force’ criada pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) para combater aquele flagelo.

“Até hoje, nunca soubemos exatamente o conteúdo das reuniões da 'task-force' criada para lidar com esta problemática, o que levanta sérias dúvidas sobre a transparência e eficácia do trabalho desenvolvido”, sublinhou.

No debate, a secretária da Saúde e Segurança Social salientou que o combate às dependências deve ser “motivo de união” e lamentou a utilização do tema para a “trica partidária”.

Mónica Seidi reconheceu que os Açores lideram o consumo de várias substâncias a nível nacional, mas realçou que existem vários indicadores que revelam uma “tendência de descida” ao nível do consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas.

“Há medidas estruturais que demoram tempo”, vincou.

A governante elogiou ainda o trabalho da 'task-force', que permitiu criar equipas de rua, defendo, contudo, que aquele grupo “não pode substituir” a direção regional de Prevenção e Combate às Dependências.

Já Jaime Vieira (PSD) lembrou que o Governo Regional triplicou as verbas para combater as dependências, enquanto José Pacheco (Chega) criticou o PS por ter legalizado o consumo de drogas em Portugal.

O centrista Pedro Pinto avisou para a “questão fundamental do combate ao narcotráfico”, enquanto o monárquico Paulo Margato advogou que o combate às drogas “tem de ser repensado” porque a “prevenção não se faz só com as equipas de rua”.

O deputado do BE António Lima considerou que o “foco” devem ser os “efeitos” das substâncias e “não o caráter legal ou ilegal”, defendendo que “só pela prevenção é que a procura pode ser reduzida”.

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