Autor: Lusa/AO On line
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O tema da Educação e mais concretamente a avaliação dos professores deverá, aliás, ser um dos temas mais ‘quentes’ da discussão.
“É certamente um tema que se aguarda com expectativa que venha a ser abordado [no debate do programa do Governo]. Naturalmente que dessa abordagem resultará de forma mais clara qual é a orientação que será prosseguida”, afirmou na quinta-feira o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão.
Expectativa deverá também rodear a primeira pergunta do PSD, depois da intervenção inicial do primeiro-ministro, já que será feita pela líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite.
Quanto aos temas que a oposição promete abordar, a educação, o desemprego e a economia merecem a unanimidade de todos os partidos, com o CDS-PP a prometer falar sobre as “prioridades que neste momento existem no país” e o PCP dos "problemas reais" que "as pessoas sentem no dia-a-dia".
Tal como há quatro anos, no primeiro Governo de José Sócrates, o programa do executivo deverá passar sem votação, já que parece excluída a hipótese de algum dos partidos da oposição apresentar um voto de rejeição.
“Este Governo tem legitimidade para governar. Nós achamos que o Governo merece essa oportunidade”, justificou o líder parlamentar do PSD, José Pedro Aguiar Branco, a quem caberá o encerramento do debate por parte da bancada social-democrata, na sexta-feira de manhã.
Pelo CDS-PP, o líder parlamentar Pedro Mota Soares rejeitou igualmente a possibilidade de apresentar um voto de rejeição, considerando tratar-se de uma “irresponsabilidade”, enquanto Fernando Rosas, por parte do BE, admitiu por seu lado que tal iria mergulhar o país numa “enorme confusão política e institucional.
“Pensamos que é o momento do debate, do Governo iniciar a sua governação”, acrescentou o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares.