Autor: Lusa/Açoriano Oriental
"Se essas regiões tiverem uma capacidade de investimento, mesmo que seja limitada, sem aumentar o endividamento geral do Estado se essas regiões se puderem apostar no investimento inteligente, ótimo", respondeu Michel Lebrun durante um curto debate com jornalistas.
Lebrun, que falava no âmbito da 12.ª Semana Europeia das Regiões e Cidades, destacou que "nas regiões que mais sofreram com a crise, o investimento público vai desempenhar um papel essencial".
Frisou, contudo que "esses investimentos públicos têm dificuldades em acontecer, porque a austeridade a nível local e regional o pode impedir", uma vez que há limitações impostas pelo Pacto de Estabilidade.
"Estamos na fronteira de uma política que diz que é preciso investir e criar emprego e crescimento e depois trava-se o investimento inteligente que poderia ir buscar reservas que entretanto foram criadas", atirou o responsável pelo Comité das Regiões.
Para dar a tais regiões oportunidades de crescimento, e para que seja possível um "investimento inteligente sem aumentar a dívida", Lebrun defendeu como solução "imunizar o cofinanciamento" que surge em complemento de fundos europeus
Porque depois da crise "a recuperação económica não está ainda operacional em todos os estados membros", é chegada a altura de "de identificar as necessidades para que a política de coesão possa ser eficaz através dos investimentos que, de uma forma progressiva, serão feitos".
No âmbito da estratégia Europa 2020, Michel Lebrun asseverou que as cidades e as regiões "devem genuinamente ser parceiras" uma vez que "as políticas europeias só podem atingir resultados positivos a partir do momento em que se concretizam nos territórios de uma forma palpável".
"São essas cidades que produzem cerca de 85% do PIB europeu, essas cidades consomem cerca de 80% de energia e são responsáveis por 75% das emissões de carbono. Assim sendo, as cidades podem desempenhar um papel preponderante nas políticas de ambiente e crescimento", sustentou.
Michel Lebrun aproveitou para "relançar a ideia de investir 300 mil milhões de euros para lá do previsto", recorrendo a fundos "que devem ainda ser mobilizados", cabendo às autoridades locais e regionais o papel de cativar o interesse do setor privado para esse fim.
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