Registos do Santo Cristo com certificação de Indicação Geográfica

Registos do Senhor Santo Cristo dos Milagres tornaram-se o segundo produto artesanal dos Açores com certificação de Indicação Geográfica. Cerimónia vai ter lugar esta sexta-feira



Os Registos do Senhor Santo Cristo dos Milagres são o segundo produto artesanal dos Açores certificado como Indicação Geográfica, após esta certificação ter sido atribuída às Violas da Terra.

Hoje será realizada a cerimónia de certificação da Indicação Geográfica (IG) dos Registos do Santo Cristo, um processo desencadeado pela Secretaria Regional da Juventude, Habitação e Emprego, através do Centro de Artesanato e Design dos Açores (CADA).

Ao Açoriano Oriental, Maria João Carreiro, que tutela o artesanato, revelou que esta certificação permite, entre outras oportunidades, distinguir, no mercado nacional e internacional, a qualidade e a identidade dos nossos produtos com o selo IG.

“A Indicação Geográfica é um selo de qualidade e de origem. Quer isto dizer que certifica e comprova a ligação única entre a produção artesanal e o seu território, com tudo o que isto significa de proteção da técnica, dos saberes e das práticas, da autenticidade, da dedicação e do profundo conhecimento de um ofício que tem nas nossas artesãs as guardiãs de uma tradição e excelência seculares”, explica.

E, nesse sentido, a governante realça que a certificação dos Registos do Senhor Santo Cristo dos Milagres “constitui um marco importante no reconhecimento e na valorização de uma das produções artesanais mais emblemáticas da ilha de São Miguel e que fazem parte do nosso património identitário, cultural e religioso”.
As primeiras artesãs a receber o selo de certificação da IG são: Maria Luísa Benevides, Fátima Rodrigues, Maria da Graça Bastos, Clementina Vieira Botelho, Lurdes Pereira, Gabriela Correia, Maria da Paixão Resendes, Maria da Saudade Riley, Manuela Linhares e a Cooperativa Nossa Senhora da Paz.
“É importante que as artesãs possam tirar partido desta certificação, que nos orgulha e renova a responsabilidade com a garantia da qualidade e com o respeito pelas características únicas de uma produção artesanal que tem um valor histórico e patrimonial únicos”, refere.

Para Maria João Carreiro, o processo de certificação IG de produtos de artesanato é mais um passo para estimular esta atividade.

“A aproximação do artesanato a novos segmentos de mercado ou o estímulo ao diálogo entre a produção artesanal e outros setores de atividade, como o turismo, ganha agora nova força com o acesso do Artesanato dos Açores à certificação IG, na qual já integrámos, em 2024, a primeira produção artesanal com certificação IG, as Violas da Terra dos Açores”, destaca.

Nesse contexto, realça que esta certificação IG acontece numa altura em que o Artesanato dos Açores está a viver uma das suas melhores fases e a percorrer um caminho de afirmação interna e externa das produções artesanais.

“O Artesanato, nos Açores, está a viver uma das suas melhores fases”, afirma, realçando: “Estamos a colocar o artesanato onde ele deve estar: com as pessoas, em diálogo com a inovação e com o território”, garante.

As Violas da Terra dos Açores foram o primeiro produto de construção artesanal da Região entre as produções artesanais portuguesas com Indicação Geográfica, com produção reconhecida no espaço do território nacional e europeu. 

Sendo que Maria João Carreiro anuncia que irá continuar “empenhada em elevar o Artesanato dos Açores, as suas artes e ofícios, o seu valor patrimonial, aos melhores patamares de valorização, reconhecimento e comercialização”.

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