Fonte do Palácio do Eliseu disse à agência France-Presse (AFP) que a chamada durou 40 minutos e teve como objetivo “tentar avançar com as negociações".
O Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, estiveram reunidos na segunda-feira com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e transmitiram-lhe o seu forte apoio em relação às propostas da Casa Branca que têm sido vistas como favoráveis aos interesses de Moscovo.
Macron e Starmer deverão também presidir a uma nova videoconferência na quinta-feira da "coligação dos dispostos", que reúne países parceiros de Kiev que poderão fornecer garantias de segurança à Ucrânia em caso de um cessar-fogo com a Rússia.
A reunião surge numa altura em que o Presidente ucraniano tem sido alvo de críticas de Trump relacionadas com objeções ao seu plano de paz e com a realização de eleições na Ucrânia, que, apesar de suspensas devido à lei marcial em vigor no país, Zelensky já disse estar pronto para organizar.
A retirada da região do Donbass, no leste da Ucrânia, bem como a renúncia de Kiev à adesão à NATO e às reparações russas no pós-guerra são alguns dos pontos que separam as partes.
Na quarta-feira, Volodymyr Zelensky afirmou que vai enviar "em breve" uma versão revista do plano de paz a Trump, após a ronda de contactos com líderes europeus.
"Estamos empenhados numa paz verdadeira e mantemos um contacto constante com os Estados Unidos. E, como os nossos parceiros nas equipas de negociação apontam corretamente, tudo depende de a Rússia estar preparada para tomar medidas eficazes para travar o derramamento de sangue e evitar que uma nova guerra ecluda", declarou, durante um encontro em Roma com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
A Rússia por seu lado insiste no cumprimento integral das suas exigências, incluindo as territoriais, e hoje voltou a recusar um cessar-fogo, reclamado por Kiev como condição prévia para avançar com o processo negocial.
