Ucrânia

Líderes europeus falaram hoje ao telefone com Trump

Os líderes da França, Alemanha e Reino Unido falaram por telefone com o Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o plano de paz de Washington para a Ucrânia, revelou a presidência francesa, sem adiantar detalhes sobre a conversa



Fonte do Palácio do Eliseu disse à agência France-Presse (AFP) que a chamada durou 40 minutos e teve como objetivo “tentar avançar com as negociações".

O Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, estiveram reunidos na segunda-feira com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e transmitiram-lhe o seu forte apoio em relação às propostas da Casa Branca que têm sido vistas como favoráveis aos interesses de Moscovo.

Macron e Starmer deverão também presidir a uma nova videoconferência na quinta-feira da "coligação dos dispostos", que reúne países parceiros de Kiev que poderão fornecer garantias de segurança à Ucrânia em caso de um cessar-fogo com a Rússia.

A reunião surge numa altura em que o Presidente ucraniano tem sido alvo de críticas de Trump relacionadas com objeções ao seu plano de paz e com a realização de eleições na Ucrânia, que, apesar de suspensas devido à lei marcial em vigor no país, Zelensky já disse estar pronto para organizar.

A retirada da região do Donbass, no leste da Ucrânia, bem como a renúncia de Kiev à adesão à NATO e às reparações russas no pós-guerra são alguns dos pontos que separam as partes.

Na quarta-feira, Volodymyr Zelensky afirmou que vai enviar "em breve" uma versão revista do plano de paz a Trump, após a ronda de contactos com líderes europeus.

"Estamos empenhados numa paz verdadeira e mantemos um contacto constante com os Estados Unidos. E, como os nossos parceiros nas equipas de negociação apontam corretamente, tudo depende de a Rússia estar preparada para tomar medidas eficazes para travar o derramamento de sangue e evitar que uma nova guerra ecluda", declarou, durante um encontro em Roma com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

A Rússia por seu lado insiste no cumprimento integral das suas exigências, incluindo as territoriais, e hoje voltou a recusar um cessar-fogo, reclamado por Kiev como condição prévia para avançar com o processo negocial.


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