Médio Oriente

Hamas quer segunda fase já e propõe cessar-fogo de 10 anos

O Hamas está a pressionar para iniciar a segunda fase do acordo de cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza e propõe novamente que a trégua tenha, pelo menos, dez anos, disseram à EFE fontes do movimento islamita  



O Hamas propôs alcançar um acordo com a duração de dez anos, com “garantias claras de congelamento do uso de armas” em troca de compromissos mútuos, segundo disse à agência noticiosa espanhola uma fonte do movimento palestiniano, que pediu anonimato.

A mesma fonte informou que decorrem atualmente conversações “mais sérias” dentro do movimento e com os mediadores, para abrir caminho para “uma ronda avançada de negociações” sobre a segunda fase do acordo.

O movimento palestiniano está à espera que os mediadores, principalmente o Qatar e o Egito, definam uma data para a próxima ronda de conversações, desde que antes seja alcançado um acordo entre os Estados Unidos e Israel.

O Hamas prevê que isso aconteça “no final deste mês ou no início do novo ano”, afirmou a fonte, acrescentando que foram realizadas várias reuniões separadas entre líderes do movimento e os mediadores, incluindo reuniões bilaterais e trilaterais em várias capitais, como Doha, Cairo e Istambul, além dos contactos em curso.

A fonte acrescentou que ainda existem divergências entre os líderes do Hamas e algumas fações palestinianas, por um lado, e os mediadores árabes, por outro, relativamente à possibilidade de entregar armas a uma entidade palestiniana no âmbito de um acordo claro que garanta que “não cairão nas mãos de Israel nem dos EUA”.

Quanto ao obstáculo relacionado com o corpo do último refém israelita, necessário para iniciar a segunda fase, a mesma fonte afirmou que “Israel já não tem justificação para usar este corpo como pretexto para impedir o avanço para a segunda fase, apesar das difíceis circunstâncias que envolvem a sua busca”.

A segunda fase do acordo de paz em Gaza prevê a retirada total das tropas israelitas, o desarmamento das milícias palestinianas, a reconstrução de Gaza e a criação de um Governo de transição.

 


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