Açoriano Oriental
Pedro Nuno Santos assume derrota e felicita AD pela vitória

O secretário-geral do PS assumiu hoje a derrota nas eleições legislativas, referindo que já felicitou o líder do PSD, Luís Montenegro, pela vitória, e indicou que o partido irá agora “liderar a oposição”.


Autor: Lusa

“Apesar da diferença tangencial entre nós e a AD (Aliança Democrática), e sem desrespeitar os votos e os eleitores dos círculos eleitorais das nossas comunidades, tudo indica que o resultado não permitirá ao PS ser o partido mais votado. Quero por isso dar os parabéns e felicitar a AD pela vitória nestas eleições”, declarou Pedro Nuno Santos num hotel em Lisboa onde os socialistas estiveram a seguir os resultados das eleições legislativas.

O líder do PS referiu que já teve a oportunidade “de felicitar pessoalmente o líder da AD”, aproveitando também para felicitar publicamente a coligação no seu todo por ter ficado “em primeiro lugar neste ato eleitoral”.

“O PS será oposição, nós vamos liderar a oposição. Seremos oposição, renovaremos o partido e procuraremos recuperar os portugueses descontentes com o PS. Essa é a nossa tarefa daqui para a frente”, frisou.

Antes de o líder do PS começar a discursar, os militantes do PS que estavam na sala começaram a gritar “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”.


PS viabiliza Governo AD mas liderará oposição e não lhe dará suporte no parlamento

O secretário-geral do PS afirmou hoje que os socialistas viabilizam um Governo minoritário da AD, não votando qualquer moção de rejeição a esse executivo, mas frisou que irá liderar a oposição e não o suportará no parlamento.

Esta linha dos socialistas foi transmitida por Pedro Nuno Santos em resposta a perguntas dos jornalistas, depois de ter assumido a vitória da AD (Aliança Democrática) nas eleições legislativas.

Tal como já fizera na pré-campanha, o líder socialista reiterou que o PS não votará qualquer moção de rejeição que seja apresentada no início da nova legislatura a um Governo minoritário da AD, porque não tem condições para apresentar um executivo alternativo.

Mas, em relação à possibilidade de viabilizar à AD o Orçamento do Estado para 2025, considerou esse cenário “praticamente impossível”, dizendo que o seu partido “está forte e unido”.

“Não vale a pena criar pressão sobre o PS. Vamos liderar a oposição. Não somos nós que vamos suportar um Governo da AD”, frisou. Na resposta a esta questão, recebeu palmas quando declarou: “O PS não ganhou as eleições, não deixará a liderança da oposição para o Chega ou para André Ventura”.


Pedro Nuno promete renovar PS e recuperar eleitorado zangado com os socialistas

O secretário-geral do PS prometeu hoje renovar o partido e ter como objetivo central recuperar os cidadãos “zangados” com os socialistas, considerando, numa alusão ao resultado do Chega, que não há 18% de eleitores racistas e xenófobos.

Essas posições foram transmitidas por Pedro Nuno Santos logo na sua declaração inicial, após ter assumido a vitória da AD (Aliança Democrática) nas eleições legislativas de domingo.

“Seremos oposição, renovaremos o partido e procuraremos recuperar os cidadãos descontentes com o PS”, declarou o líder socialista, antes de se referir à subida eleitoral registada pelo Chega nestas eleições.

Para Pedro Nuno Santos, “o Chega teve um resultado muito expressivo que não dá para ignorar, não há 18,1% de portugueses votantes racistas e xenófobos, mas há muitos portugueses zangados que sentem que não têm tido representação e aos quais não foi dada resposta aos seus problemas concretos”.

Tendo ao seu lado o presidente do PS, Carlos César, e o diretor de campanha, João Torres, o secretário-geral socialista afirmou que o objetivo central “passará por mostrar-lhes que as soluções para os problemas concretos das suas vidas passam” pelo seu partido, e não pela AD ou pelo Chega.

“Trabalharemos ao longo dos próximos meses, no futuro, para conseguir convencer e voltar a ter connosco todos os que estão descontentes com o sistema político e com o PS. O nosso caminho começa agora, hoje”, acentuou, recebendo uma prolongada salva de palmas.

Depois, citou Mário Soares: “Só é vencido quem desiste de lutar, nós não desistimos. Vamos ter muito combate pela frente, com a convicção que voltaremos a reconstruir uma maioria que nos permita governar Portugal”.

Questionado se exclui um entendimento à esquerda, tendo em conta que, segundo os dados disponíveis até ao momento, a AD e IL juntas têm menos deputados do que PS, BE, CDU e Livre, Pedro Nuno Santos argumentou que isso é um facto e por isso é que tem “dificuldade em perceber a grande vitória que vai em Santana à Lapa”, numa referência à sede do PSD, em São Caetano à Lapa.

“No entanto, sejamos realistas: Qualquer solução dessas teria um chumbo de toda a direita”, referiu, salientando que, apesar de a AD (Aliança Democrática) e a IL terem ambas excluído acordos com o Chega, a verdade é que, “na hora de uma solução apresentada pelo resto da esquerda, ela seria chumbada por toda essa direita que se uniria”.

“Por isso, quer dizer, está fora de questão. As coisas são simples, são claras, não as compliquemos e deixemos a tática de fora: nós não temos uma maioria e, se não temos uma maioria, não a podemos apresentar como solução”, acrescentou



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