Açoriano Oriental
"Pandemia evidenciou papel da agricultura e das pescas"

A deputada do Partido Socialista dos Açores à Assembleia da República, Lara Martinho, participou no debate sobre a soberania alimentar, salientando, na ocasião, a necessidade de um sistema alimentar mais sustentável e resiliente, cuja importância se evidenciou durante a pandemia da Covid-19, mas que enfrenta desafios diários relacionados com as secas, as inundações, incêndios florestais e novas pragas.

"Pandemia evidenciou papel da agricultura e das pescas"

Autor: Susete Rodrigues/AO Online

Citada em comunicado, a deputada refere que "esta pandemia sublinhou em particular a importância de termos um sistema alimentar sólido, que funcione independentemente das circunstâncias, que garanta o acesso a alimentos seguros e nutritivos e a preços acessíveis e sustentáveis para os cidadãos”.

Desempenhando os setores da agricultura e das pescas um contributo relevante para o crescimento da economia, a vice-presidente do GPPS alertou ainda para o reforço destas áreas cuja atuação se relaciona com a “produção de riqueza, a criação de emprego, a promoção dos nossos produtos, o combate às desigualdades, a garantia de um desenvolvimento coeso do território, o aumento das oportunidades e a valorização das pessoas”, identificando para tal, quatro áreas estratégicas nas quais se deve continuar a apostar no futuro.

Ao nível da inovação, a deputada socialista destacou a aposta do Ministério da Agricultura na criação de uma agenda de inovação para a agricultura 2030, apostando num desenvolvimento tecnológico e inovador que irá permitir “criar mais valor e mais produção, mas de uma forma sustentável”, correspondendo ainda às exigências do pacto ecológico “que quantificou metas e estabeleceu desafios ambiciosos com implicações na agricultura e no mar”.

No que diz respeito à promoção da produção nacional, Lara Martinho deu como exemplo a campanha ‘Alimente quem o alimenta’ que, envolvendo mais de 1000 produtores, reforçou a valorização da produção incentivando ao consumo de produtos nacionais. Apostando igualmente na internacionalização, a deputada sublinhou a prioridade do Governo na abertura de novos mercados: “Portugal está representado em mais de 60 países para onde pode exportar cerca de 250 tipos de produtos, e está em negociação a abertura de cerca de 60 mercados para viabilização de exportação de cerca de 300 produtos, estando ainda o Governo a trabalhar numa estratégia de retoma da internacionalização”.

A parlamentar alertou, ainda, para a importância do plano de recuperação e o novo orçamento europeu materializarem a relevância que estes setores demonstraram ter na resposta a esta crise, sublinhando continuarem a reivindicar “uma Política Comum das Pescas que incentive um setor pesqueiro dinâmico, que apoie a renovação geracional e assegure um nível de vida justo para as comunidades costeiras”, bem como uma Política Agrícola Comum pós 2020, que seja “mais justa e inclusiva, preocupada com a preservação dos recursos naturais e que represente uma resposta concertada para a mitigação e adaptação às alterações climáticas, em linha com o Pacto Ecológico e com a estratégia do Prado ao Prato”, sem esquecer o reforço dos apoios para as Regiões Ultraperiféricas, nomeadamente o POSEI.


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