Açoriano Oriental
Monkeypox
OMS volta a reunir Comité de Emergência na semana de 18 de julho

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a reconvocação do Comité de Emergência para a semana de 18 de julho para avaliar o surto de Monkeypox, manifestando-se “muito preocupado” com a propagação do vírus.

OMS volta a reunir Comité de Emergência na semana de 18 de julho

Autor: Lusa/AO Online

“Continuo muito preocupado com a escala e propagação do vírus. Em todo o mundo há agora mais de 6.000 casos registados em 58 países”, adiantou Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa.

Segundo disse, a testagem do vírus que provoca a doença “permanece um desafio” e é “altamente provável” que exista um significativo número de casos não detetados em vários países.

“A Europa é o atual epicentro do surto, registando mais de 80% dos casos a nível global”, avançou Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao alertar ainda que, em África, estão a surgir casos em países que não tinham sido previamente afetados, assim como “números recorde” em outros que já tinham registos de contágios.

Perante isso, o diretor-geral da OMS adiantou que vai convocar o Comité de Emergência da OMS para a semana de 18 de julho, “ou antes disso se necessário”, com o objetivo de atualizar os especialistas sobre a situação epidemiológica e a evolução do surto, com vista à “implementação de contramedidas”.

Esta será a segunda reunião em poucas semanas para avaliar a evolução da Monkeypox, depois de os especialistas que integram o Comité terem considerado, em 23 de junho, que o surto do vírus Monkeypox não representava uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional, o nível mais alto de alerta decretado pela OMS.

Ao Comité de Emergência, que reúne por convocação do diretor-geral, cabe recomendar à OMS se um surto constitui uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional (PHEIC), propondo medidas temporárias sobre como prevenir e reduzir a propagação de uma doença e gerir a resposta global de saúde pública.

A PHEIC é definida como "um evento extraordinário, grave, repentino, incomum ou inesperado”, com implicações para a saúde pública para além da fronteira nacional do Estado afetado e que pode exigir uma ação internacional imediata.

Tedros Adhanom Ghebreyesus assegurou ainda que a OMS está a trabalhar de perto com a sociedade civil e a comunidade LGBTQ+, “especialmente para quebrar o estigma do vírus e espalhar informação, para que as pessoas se possam proteger”.

“Este vírus pode afetar qualquer pessoa”, alertou o diretor-geral da organização.


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