Autor: Lusa/AO Online
De acordo com o relatório da OMS sobre a situação da epidemia de mpox em vários países, a Serra Leoa registou o maior número de casos confirmados durante as últimas seis semanas (2.511 casos confirmados), seguida da RDCongo (1.598 casos confirmados) e do Uganda (1.171 casos confirmados).
Na última semana, a Serra Leoa registou mais de 600 novos casos confirmados, o que evidencia o aumento da transmissão no país.
Os dados mais recentes indicam que a epidemia no país está a ocorrer principalmente entre jovens adultos em contextos urbanos, concentrados na capital Freetown e arredores, onde a OMS está a preparar uma missão para reforçar a resposta.
Por outro lado, o Burundi, que registou um “grande surto durante a primeira metade de 2024 e início de 2025, tem registado menos de 50 casos por semana desde fevereiro de 2025, contra 200 casos por semana no pico do surto”.
Em África, de 30 de dezembro de 2024 a 18 de maio de 2025, 17.193 casos confirmados foram notificados em 19 países, os quais resultaram em 72 mortes. O país mais afetado continua a ser a RDCongo (8.084 casos confirmados, incluindo 22 mortes), seguido do Uganda (4.972 casos confirmados, dos quais 28 óbitos), Serra Leoa (2.648 casos confirmados e 14 mortes) e Burundi (988 casos confirmados, sem mortes).
O relatório fornece também uma “visão geral da vacinação contra a varíola nos países da Região Africana”, onde até 20 de maio foram administradas mais de 720 mil doses de vacinas MVA-BN em sete países: RDCongo, Nigéria, Ruanda, República Centro-Africana, Uganda, Serra Leoa e Libéria.
De todas as doses, 81% foram administradas na RDCongo, onde está em curso um plano para otimizar o uso do fornecimento limitado de vacinas.
Segundo a OMS, “a vacina MVA-BN é uma vacina contra a varíola de terceira geração que contém um vírus que não se consegue replicar em humanos”.
Identificada pela primeira vez na RDCongo em 1970, a doença esteve durante muito tempo confinada a cerca de dez países africanos.
Em 2022, começou a espalhar-se pelo resto do mundo, nomeadamente nos países desenvolvidos onde o vírus nunca tinha circulado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acionou o nível de alerta máximo em 2024 para esta epidemia.