Autor: Nuno Martins Neves
Os moradores da zona mais alta da Ribeirinha, freguesia da Ribeira Grande, estão desde terça-feira sem água. Um problema que afeta cerca de 30 a 40 moradias e que pode estar a ser causado devido a uma rutura que os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Ribeira Grande ainda não conseguiram detetar.
De acordo com o presidente da junta de
freguesia, Marco Furtado, o problema iniciou-se há cinco dias, quando
começaram a chegar queixas ao autarca de falta de água.
“Nalguns casos era apenas falta de pressão, noutros era mesmo ausência total de água na moradia”.
Segundo os dados de que dispõe o autarca, a água que está a sair do reservatório era em quantidade muito superior à que está a entrar, o que pode indicar que há um derrame na rede. “Devíamos ter consumos de 20 metros cúbicos por hora e estamos quase com o dobro”, assinala.
Com 900 moradias na freguesia, este problema afeta as zonas mais altas da Ribeirinha, nomeadamente as casas que estão ao nível ou acima do único reservatório que abastece a freguesia, na zona da Canada do Lima. Um número que o presidente da junta estima que rondem as 30 ou 40 casas.
Na quinta-feira, numa solução de emergência para tentar encontrar a rutura na rede, 12 camiões-cisterna dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande usaram 178 mil litros de água, no sentido de aumentar ao máximo a pressão da água no reservatório, para que o derrame se tornasse visível.
“Resolveu-se fechar a água a partir da 1h às 6h da manhã, de forma a que o reservatório voltasse aos níveis normais”.
Ontem,
sábado, os funcionários da Câmara Municipal daRibeira Grande voltaram à
freguesia, para encontrar o local do derrame, com a junta da Ribeirinha
expectante que o problema fique definitivamente resolvido.
Marco
Furtado deixou o alerta para a necessidade de se rever as redes de
abastecimento de água, dado a idade das tubagens existentes, bem como
pelo aumento das necessidades, em virtude da procura turística.