Açoriano Oriental
Líder de grupo iraquiano ameaça EUA com resposta tão forte como a iraniana

Um líder do Hachd al-Chaabi, coligação pró-Irão no Iraque, ameaçou esta quarta-feira os Estados Unidos com uma resposta à morte do general Qassem Soleimani tão forte como a dos iranianos, que atacaram bases utilizadas pelos EUA no Iraque.

 Líder de grupo iraquiano ameaça EUA com resposta tão forte como a iraniana

Autor: Lusa/AO Online

Numa mensagem publicada na rede social Twitter, Qais al-Khazali declarou que essa “resposta (...) não seria menos importante que a resposta iraniana".

Numa mensagem publicada na rede social Twitter, Al-Khazali, colocado há alguns dias na lista norte-americana de "terroristas", evocou que "a primeira resposta iraniana ao assassínio do comandante martirizado Soleimani" já havia ocorrido.

"Chegou a hora da primeira resposta iraquiana ao assassínio do comandante mártir (Abou Mehdi al-)Mouhandis", acrescentou.

Mais de uma dúzia de mísseis iranianos foram lançados na quarta-feira de madrugada contra duas bases iraquianas, em Ain al-Assad e Arbil, que albergam tropas norte-americanas.

Esta ação foi assumida pelos Guardas da Revolução iranianos como uma “operação de vingança” da morte do general Qassem Soleimani, comandante da força de elite Al-Quds, que morreu na sexta-feira num ataque aéreo em Bagdad, capital do Iraque, ordenado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.

Neste ataque, também morreu Abou Mehdi al-Mouhandis, um dos líderes do Hachd al-Chaabi (Mobilização Popular), uma coligação paramilitar de iraquianos pró-Irão.

O Departamento de Defesa norte-americano confirmou que "mais de uma dúzia de mísseis" iranianos foram disparados contra as duas bases, mas não indicou se resultaram vítimas dos ataques.

Na sua conta no Twitter, numa primeira reação, Trump disse que “está tudo bem”, sublinhando que estava em curso a avaliação de vítimas e danos, e prometeu pronunciar-se hoje sobre a situação.

A televisão estatal iraniana referiu que esta operação militar foi designada “Mártir Soleimani” e desencadeada pela divisão aeroespacial dos Guardas da Revolução, que controlam o programa de mísseis iranianos.

A base aérea de Ain al-Assad foi a primeira utilizada pelos forças militares norte-americanas após a invasão do Iraque em 2003 destinada a derrubar Saddam Hussein. As forças dos EUA permaneceram estacionadas no local quando foi desencadeado o combate no Iraque e na Síria contra o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico.

O Irão ameaçou ainda atacar “no interior dos EUA", “Israel” e “aliados dos EUA”, segundo os Guardas da Revolução, na eventualidade de haver uma retaliação norte-americana.

A autoridade federal norte-americana para a aviação (FAA) proibiu aviões e pilotos comerciais norte-americanos de voarem sobre áreas do Iraque, Irão, do Golfo Pérsico e do Golfo de Omã.


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