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Mundial2022
Joseph Blatter reafirma que atribuir prova ao Qatar "foi um erro"

Escolher o Qatar para receber o Mundial de futebol de 2022 "foi um erro há 12 anos", disse o presidente da FIFA na altura, o suíço Joseph Blatter, absolvido por um tribunal, em julho, por má conduta financeira.

Joseph Blatter reafirma que atribuir prova ao Qatar "foi um erro"

Autor: Lusa/AO Online

Joseph Blatter de 86 anos, abordou novamente uma reunião entre o presidente francês da época, Nicolas Sarkozy, e o responsável da UEFA da altura, Michel Platini, para influenciar votos importantes, para a escolha do Qatar.

“É um país pequeno demais [o menor em tamanho desde a Suíça em 1954]”, disse Joseph Blatter sobre o Qatar numa entrevista ao grupo de comunicação suíço Tamedia (TX Group), acrescentando que “o futebol e o campeonato do Mundo são grandes demais para isso”.

As 32 seleções, entre as quais a de Portugal, no Grupo H, com Uruguai, Gana e Coreia do Sul, disputarão 64 jogos em oito estádios na cidade de Doha, que foi transformada desde 2010 por grandes projetos de construção para se preparar para o Mundial.

“Foi uma má escolha. E eu era responsável por isso como presidente na época”, disse Blatter, que há muito diz que votou nos Estados Unidos, candidatura, entre cinco, que foi derrotada na ronda final de votações pelo Qatar.

Blatter recordou, uma vez mais, uma reunião na semana anterior à votação entre o presidente da UEFA e vice-presidente da FIFA, Michel Platini, na residência oficial do então presidente Sarkozy, em que estava também presente o príncipe herdeiro do Qatar, agora emir, Tamim bin Hamad al-Thani.

Blatter repetiu que Sarkozy pressionou Platini, e novamente deu a sua versão de um telefonema que o antigo internacional francês lhe fez, após a reunião em Paris, dando conta de que o plano de votação para o Mundial tinha mudado.

“Graças aos quatro votos de Platini e da sua equipa [UEFA], o Mundial de 2022 foi para o Qatar e não para os Estados Unidos. É a verdade”, disse Joseph Blatter sobre o resultado da votação de 14 a 8.

Nas suas criticas à escolha do Qatar, o antigo dirigente desportivo suíço nunca se referiu especificamente às questões laborais e de direitos humanos no emirado, levantadas desde 2010 por diferentes organizações.


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