Autor: Lusa/AO online
As projeções, feitas a partir de simulações de acidentes tão graves como o de Fukushima, em março de 2011, recomendam que as zonas situadas a um raio de pelo menos 30 quilómetros tomem medidas especiais de preparação perante eventuais emergências.
Até aqui, as autoridades contemplavam medidas especiais apenas para as zonas a um raio de dez quilómetros.
O estudo analisa em que medida se estenderia a radioatividade em redor das centrais no caso de um acidente, de modo a servir de guia para as novas diretrizes que a Autoridade de Regulação Nuclear prevê elaborar para mitigar o impacto de eventuais desastres.
Nessas diretrizes, a serem publicadas no final do mês em função da experiência adquirida com a crise de Fukushima, o organismo prevê incluir os critérios "zona de ação preventiva" e "zona de planeamento urgente de ações de proteção".
O primeiro critério estipula a retirada imediata dos residentes num raio de cinco quilómetros de distância de uma central em que tenham sido detetados problemas, enquanto o segundo, que cobrirá um raio de até 30 quilómetros, visa alertar a população para que se prepare para abandonar o local.
O estudo assinala, no entanto, que, em casos concretos, como o da central de Kashiwazaki-Kariwa, situada em Niigata (noroeste), por exemplo, o raio de evacuação recomendado deverá superar os 40 quilómetros.
O acidente na central de Fukushima, provocado pelo sismo seguido de tsunami, que atingiu o noroeste do Japão, foi o pior desde o de Chernobyl, em 1986, tendo obrigado à retirada de mais de 50 mil pessoas num raio de 20 quilómetros.
Devido à crise que se seguiu, o Japão mantém paralisados 50 dos seus 52 reatores.