Autor: Lusa /AO Online
As Conferências Cannadouro, planeadas para oferecer aos visitantes “informação acerca do uso agrícola, industrial, recreativo, terapêutico e medicinal da canábis”, apostam nesta edição no “relançar da indústria do cânhamo em Portugal”, refere o comunicado enviado à Lusa.
Várias palestras de conferencistas internacionais de várias áreas abordarão o tema do cânhamo agroindustrial, continua a nota de imprensa sobre um tema que tratará questões como “a utilização do cânhamo na ecoconstrução, a reativação e relançamento do cultivo e das atividades relacionadas com o aproveitamento da fibra, palha, sementes e biomassa de cânhamo” bem como a “divulgação e promoção de desenvolvimento rural, assentes na economia local e circular que utilize recursos naturais renováveis”.
Neste contexto haverá também tempo para “dotar os participantes com os conhecimentos básicos para poderem avançar com projetos de cultivo, transformação e aproveitamento de cânhamo industrial, informando-os acerca das propriedades e técnicas básicas do fabrico de argamassa de cânhamo e seu potencial construtivo”, continua a publicação.
O segundo dia terá como foco a utilização da canábis a nível terapêutico, medicinal e recreativo, lembrando a organização que “apesar do acesso à canábis medicinal ter sido legalizado em Portugal em 2018, o acesso real continua a acarretar vários problemas”.
Lembra, a propósito deste tema, a organização da Cannadouro o “papel fundamental de luta de estruturas como o ‘Movimento Mães pela Cannábis’ e ‘Mães Jardineiras’, que trabalham em torno da importância da utilização da planta nas perturbações do espetro do autismo, com vários casos de sucesso já comprovados, que continuam a estar impedidos de aceder às terapias de que necessitam”.
A feira apresenta-se em 2022 maior, dividindo-se “numa área empresarial onde estarão presentes mais de 60 empresas nacionais e internacionais, numa área associativa onde várias associações e movimentos disponibilizam informações aos visitantes tentando inverter os efeitos nefastos do proibicionismo e da desinformação em relação à planta e numa zona cultural onde estarão patentes instalações artísticas e exposições fotográficas em torno da planta”, descreve o comunicado.