Autor: Lusa/AO Online
“Há muito trabalho a fazer para assegurar uma transição política ordenada para instituições renovadas. Reitero o meu apelo para a calma e para que se evite a violência neste momento sensível, protegendo simultaneamente os direitos de todos os sírios, sem distinção”, referiu Guterres numa nota partilhada no portal das Nações Unidas.
Os rebeldes declararam Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrotar o governo sírio.
O líder da ONU considerou que “após 14 anos de guerra brutal e a queda do regime ditatorial, o povo da Síria pode hoje aproveitar uma oportunidade histórica para construir um futuro estável e pacífico”.
Guterres defendeu que é preciso o apoio da comunidade internacional para uma garantir uma transição política inclusiva e abrangente e que responda às aspirações da população.
“A soberania, a unidade, a independência e a integridade territorial da Síria devem ser restauradas”, vincou o secretário-geral da ONU, que pediu que a inviolabilidade das instalações e do pessoal diplomático e consular “deve ser respeitada em todos os casos”.
Apontando que serão os sírios a determinar o futuro da Síria, Guterres disse que a ONU vai estar empenhada em apoiá-los a “construir um país onde a reconciliação, a justiça, a liberdade e a prosperidade sejam realidades partilhadas por todos”.
Em 2015, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a Resolução 2254, com o objetivo de se definir uma solução política para a guerra civil na Síria, que eclodira em 2011, e de estabelecer um processo de transição política, sob a égide da ONU.