Autor: Lusa/AO Online
No plenário da Assembleia Regional, o secretário regional avançou que o acordo foi “concluído com o envolvimento dos trabalhadores na solução encontrada”.
“A solução encontrada vai no sentido de que há a valorização de um ponto e meio para todos os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, independentemente do vínculo a que estão ligados”, acrescentou o governante do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).
O secretário da Saúde intervinha durante a discussão de uma proposta do BE que pretendia garantir a “justiça e equidade para os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica dos Açores (TSDT)”.
A iniciativa do BE/Açores acabou reprovada com os votos contra de PSD, CDS, PPM, Chega, IL e do deputado independente Carlos Furtado, tendo tido o voto favorável do BE, do PS e do PAN.
A deputada Alexandra Manes do BE afirmou que a questão “não está resolvida”, uma vez que os profissionais reivindicavam a atribuição de dois pontos entre 2004 e 2008.
Em resposta, Clélio Meneses lembrou que entre 2004 e 2008 aqueles trabalhadores ficaram “excluídos do processo de relevância do tempo de serviço”, uma vez que não tiveram a “carreira revista”.
Alexandra Manes reforçou ser necessário “resolver a situação” para que seja atribuído os dois pontos naquele período: “quando o senhor secretário diz que está resolvido, não está resolvido”.
O deputado do PS Tiago Lopes acusou Clélio Meneses de “denegrir o passado para escamotear a inação do presente”, referindo que o PSD concorda com a atribuição dos dois pontos aos profissionais entre 2004 e 2008, ao contrário do governante.
O deputado do PSD João Bruto da Costa considerou a proposta do BE “completamente ultrapassada”, “inútil” e “ilegal”.
O social-democrata colocou em causa a legalidade do ponto da proposta em que é sugerido ao Governo Regional a “inclusão dos TSDT em cada uma das três categorias da nova carreira, extinguindo quotas, mantendo os quadros circulares e acautelando uma grelha salarial equiparada a outras carreiras da administração pública”.
O deputado do CDS-PP Rui Martins enalteceu a "justiça" e a "equidade" com que Governo Regional trata os profissionais de saúde, realçando que a reivindicação dos TSDT era a atribuição de um ponto e meio.
Pedro Neves, do PAN, elogiou o anúncio do secretário regional, mas referiu que “agora é necessário dar resposta a outros profissionais de saúde”.
A 22 de junho, o secretário regional da Saúde dos Açores disse que, “até final de julho”, deveriam estar concluídas as negociações com vista à reposição das carreiras dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, que terá efeitos práticos “este ano”.
A 26 de março, a Assembleia dos Açores aprovou, por unanimidade, uma proposta do CDS para a contabilização do tempo de serviço dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT), atribuindo um ponto e meio na avaliação entre 2009 e 2018.
Em setembro de 2020, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica dos Açores anunciaram um período de greve, em reivindicação pela revisão da carreira e pela contagem do tempo de serviço.
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica já tinham realizado uma greve em julho de 2020, organizando protestos em várias ilhas