Autor: Lusa/AO online
“O Governo [Regional] entende que foram desrespeitados os órgãos próprios da Região, que não foram ouvidos sobre uma decisão com impacto direto nos Açores”, afirmou André Bradford, secretário regional da Presidência, apelando a uma posição “coesa e unida” do parlamento regional sobre esta matéria.
André Bradford, que falava no plenário da Assembleia Legislativa Regional num debate de urgência sobre a situação da RTP/Açores, defendeu que “está em causa a existência do serviço público de rádio e televisão nos Açores”.
Para Bradford, é “inadmissível em democracia” que o Governo tenha decidido o futuro da RTP/Açores sem esperar pelo relatório do grupo de trabalho sobre a reestruturação da RTP e “sem saber” quanto vai poupar com os cortes anunciados.
O debate de urgência, que abriu os trabalhos da sessão plenária de setembro, foi proposto pelo PPM, na sequência da anunciada intenção de reduzir a emissão própria da RTP/Açores a quatro horas diárias.
Paulo Estêvão, do PPM, questionou “em que livro sagrado está escrito que não podemos administrar autonomamente e pelo tempo diário que nos der na real gana o serviço público de rádio e televisão nos Açores”.
O deputado propôs que a Região assuma alguns dos custos da RTP/Açores, mas com condições, como passar a tutelar diretamente a empresa e as receitas da taxa de publicidade e de audiovisual cobradas no arquipélago ficarem como receitas para financiar a RTP/Açores.
Uma ideia contestada por Aníbal Pires, do PCP, para quem o serviço público “tem que ser assegurado pelo Estado”, defendendo que “é na defesa deste princípio que a Região se deve unir”.
Aníbal Pires afirmou que é necessário cortar nos custos, mas frisou que, antes do “ataque” à RTP/Açores, deveriam ser cortados alguns dos “salários milionários” que são pagos na RTP.
Por seu lado, Clélio Meneses, do PSD, considerou a RTP/Açores “essencial à autonomia”, criticando o executivo regional socialista por “só agora considerar que o problema é sério”.
“Os que criaram este problema, que tiveram a faca e o queijo na mão para o resolver nos últimos anos, aparecem agora como salvadores do serviço público. Onde estiveram estes anos todos?”, questionou.
Para Berto Messias, do PS, o serviço público de rádio e televisão é um “pilar essencial” da autonomia, defendendo um “centro de produção regional com emissão, gestão e programação própria, assumido pelo Estado”.
“Uma RTP/Açores reduzida é autonomia diminuída”, afirmou Berto Messias, criticando a redução da emissão diária a um período entre as 19:00 e as 22:00, como anunciou o ministro Miguel Relvas.
Por seu lado, Artur Lima, do CDS/PP, criticou o centralismo que marca a gestão da RTP/Açores e denunciou a falta de correspondentes em algumas ilhas do arquipélago, questionando os elevados investimentos que a RTP faz com alguns correspondentes internacionais, descurando a situação nos Açores.
Zuraida Soares, do BE, defendeu que a RTP/Açores é “um direito, uma conquista e uma inevitabilidade dadas as especificidades” da Região, frisando que o ministro Miguel Relvas “devia ter vindo aos Açores dar conta do que clandestinamente decide em Lisboa”.
“Está provado que o atual Governo considera a autonomia uma mera formalidade, um mal menor com que tem que conviver, uma gordura do Estado que importa emagrecer”, afirmou.
André Bradford, que falava no plenário da Assembleia Legislativa Regional num debate de urgência sobre a situação da RTP/Açores, defendeu que “está em causa a existência do serviço público de rádio e televisão nos Açores”.
Para Bradford, é “inadmissível em democracia” que o Governo tenha decidido o futuro da RTP/Açores sem esperar pelo relatório do grupo de trabalho sobre a reestruturação da RTP e “sem saber” quanto vai poupar com os cortes anunciados.
O debate de urgência, que abriu os trabalhos da sessão plenária de setembro, foi proposto pelo PPM, na sequência da anunciada intenção de reduzir a emissão própria da RTP/Açores a quatro horas diárias.
Paulo Estêvão, do PPM, questionou “em que livro sagrado está escrito que não podemos administrar autonomamente e pelo tempo diário que nos der na real gana o serviço público de rádio e televisão nos Açores”.
O deputado propôs que a Região assuma alguns dos custos da RTP/Açores, mas com condições, como passar a tutelar diretamente a empresa e as receitas da taxa de publicidade e de audiovisual cobradas no arquipélago ficarem como receitas para financiar a RTP/Açores.
Uma ideia contestada por Aníbal Pires, do PCP, para quem o serviço público “tem que ser assegurado pelo Estado”, defendendo que “é na defesa deste princípio que a Região se deve unir”.
Aníbal Pires afirmou que é necessário cortar nos custos, mas frisou que, antes do “ataque” à RTP/Açores, deveriam ser cortados alguns dos “salários milionários” que são pagos na RTP.
Por seu lado, Clélio Meneses, do PSD, considerou a RTP/Açores “essencial à autonomia”, criticando o executivo regional socialista por “só agora considerar que o problema é sério”.
“Os que criaram este problema, que tiveram a faca e o queijo na mão para o resolver nos últimos anos, aparecem agora como salvadores do serviço público. Onde estiveram estes anos todos?”, questionou.
Para Berto Messias, do PS, o serviço público de rádio e televisão é um “pilar essencial” da autonomia, defendendo um “centro de produção regional com emissão, gestão e programação própria, assumido pelo Estado”.
“Uma RTP/Açores reduzida é autonomia diminuída”, afirmou Berto Messias, criticando a redução da emissão diária a um período entre as 19:00 e as 22:00, como anunciou o ministro Miguel Relvas.
Por seu lado, Artur Lima, do CDS/PP, criticou o centralismo que marca a gestão da RTP/Açores e denunciou a falta de correspondentes em algumas ilhas do arquipélago, questionando os elevados investimentos que a RTP faz com alguns correspondentes internacionais, descurando a situação nos Açores.
Zuraida Soares, do BE, defendeu que a RTP/Açores é “um direito, uma conquista e uma inevitabilidade dadas as especificidades” da Região, frisando que o ministro Miguel Relvas “devia ter vindo aos Açores dar conta do que clandestinamente decide em Lisboa”.
“Está provado que o atual Governo considera a autonomia uma mera formalidade, um mal menor com que tem que conviver, uma gordura do Estado que importa emagrecer”, afirmou.