Açoriano Oriental
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Forças Armadas em São Jorge com "completa autonomia" de comunicações se sistema falhar

O posto avançado das Forças Armadas instalado na ilha de São Jorge, Açores, devido à crise sismovulcânica, tem material de comunicações satélite para “completa autonomia” em caso de falha do sistema convencional, revelou esta sexta feira aquela entidade.

Forças Armadas em São Jorge com "completa autonomia" de comunicações se sistema falhar

Autor: Lusa /AO Online

“Foi projetado para a ilha de S. Jorge, e com recurso a uma aeronave C-295 da Força Aérea Portuguesa, um operador de comunicações e material de comunicações satélite destinado ao Posto de Comando Avançado do COA [Comando Operacional dos Açores], permitindo, em caso de falha do sistema convencional, completa autonomia de comunicações na coordenação das operações”, descreve o Estado-Maior General das Formas Armadas, em comunicado.

Por outro lado, foram transportados na mesma aeronave 350 quilos de géneros alimentares, “necessários para a sustentação logística do Ponto de Reunião e Irradiação de Desalojados [PRID], instalado no concelho da Calheta”, bem como “um gerador e equipamento de proteção individual do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores”.

No comunicado, é referido que o COA, “no âmbito da operação GAIA de resposta à crise sismovulcânica na ilha de São Jorge, continua a desenvolver ações preparatórias de apoio às populações deslocadas, em caso de agravamento da situação”.

Tal está a ser feito “em estreita ligação com as entidades locais e com o Serviço Regional de proteção Civil e Bombeiros dos Açores”, é acrescentado na nota.

Hoje, chegaram a São Jorge oito viaturas pertencentes ao Regimento de Guarnição n.º1 e ao Regimento de Guarnição n.º2, da Zona Militar dos Açores “para serem empregues no PRID”.

O Ponto de Reunião e Irradiação de Desajolados ficou, assim, “completamente ativado e pronto a atuar em todas as suas valências”.

Já o Navio Patrulha Oceânico “Setúbal”, da Marinha, fez “o reconhecimento da costa norte da ilha de S. Jorge, com o objetivo de identificar possíveis locais alternativos" para retirar desalojados por via marítima.

A ilha de São Jorge, nos Açores, registou perto de 25 mil sismos desde 19 de março, dos quais 221 foram sentidos pela população, revelou hoje o presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

“Foram registados 24.919 sismos até às 10:30 de hoje”, indicou o responsável aos jornalistas, naquela ilha do arquipélago açoriano, no ‘briefing’ diário sobre a crise sismovulcânica que começou há cerca de duas semanas.

Rui Marques destacou que a frequência de diária de sismos continua "muitíssimo acima" do habitual no arquipélago dos Açores, com uma média, nos últimos dias, de “800 sismos por dia”.

A maior parte da sismicidade na ilha de São Jorge situa-se “no sistema fissural vulcânico de Manadas”, entre a vila de Velas e a Fajã do Ouvidor, notou.

Na Ponta dos Rosais, foram registados sete eventos, “com menor profundidade” e maior proximidade da superfície terrestre.

Por agora, disse, “é difícil perceber” a ligação entre a zona onde se manifestou desde 19 de março a crise sísmica e os “sete eventos da Ponta dos Rosais”.

O sismo mais energético desde o início da crise ocorreu na terça-feira, às 21:56 locais (22:56 em Lisboa), e teve magnitude 3,8 na escala de Richter, segundo o CIVISA.

De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).

A ilha está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.



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