Açoriano Oriental
Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres e Lenda das Sete Cidades finalistas das 7 Maravilhas da Cultura Popular de Portugal

As Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres e a Lenda das Sete Cidades, são finalistas das 7 Maravilhas da Cultura Popular de Portugal,  anunciou a RTP, promotora do evento.


Autor: Susete Rodrigues/AO Online

A Câmara Municipal de Ponta Delgada submeteu às 7 Maravilhas da Cultura Popular de Portugal as Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres e a Lenda das Sete Cidades. Ambas as candidaturas estão, agora, entre os finalistas nacionais, adianta nota da autarqui.

A Organização das 7 Maravilhas de Portugal recebeu 504 candidaturas ao concurso de 2020 dedicado à Cultura Popular e o Painel de Especialistas, composto por 7 elementos de cada um dos 18 distritos nacionais e dos Açores e da Madeira, elegeu 7 patrimónios de cada região, num total de 140 finalistas, que participarão nas eliminatórias regionais.

As 20 finais regionais correspondem a 20 programas, a transmitir em direto durante o mês de julho, pela RTP1 e RTP Internacional, a partir dos municípios mais pequenos que estiverem a concurso. Aqui, serão diretamente apurados os 20 vencedores, através do voto popular.

As duas semifinais, que irão apurar os 14 finalistas, realizam-se a 23 e 30 de agosto, enquanto a 5 de setembro será efetuada a Declaração Oficial das 7 Maravilhas da Cultura Popular.

Refira-se que a Procissão do Senhor Santo Cristo dos Milagres é a maior da Europa e a segunda maior do Mundo, sendo a mais antiga devoção de Portugal.

A primeira procissão ocorreu a 11 de abril de 1700. Madre Teresa foi a sua maior devota e responsável por toda a fé que ao Senhor Santo Cristo dos Milagres se pratica. Esta manifestação de fé e gratidão acontece há cerca de 320 anos.

Quanto à Lenda das Sete Cidades, segundo Jorge Arruda, em "Verde Azul lendas, contos e factos" fala sobre "o antigo reino das Sete Cidades".

Reza a lenda que os reis tinham "uma filha muito linda" (...) que "amava a vida campestre, motivo por que andava pelos campos a contemplar montes e vales, aldeias e costumes".

O mesmo autor conta sobre a princesa: "Um belo dia encontrou um jovem pastor. Conversou demoradamente com ele e dessa conversa nasceu o amor. Passaram, por esse motivo, a encontrar-se todos os dias, jurando amor e afeição mútua. Mas a princesa tinha o seu destino marcado, porque um príncipe, um herdeiro de outro reino, pretendia a sua mão. Havia, pois, que suspender o devaneio com o pastor. Assim, foi a princesa proibida de se encontrar com ele, embora lhe consentissem uma despedida".

"Ao encontrarem-se pela última vez, choraram ambos tanto, que a seus pés se formaram duas lagoas: uma azul, feita de lágrimas caídas de olhos azuis da linda princezinha; outra verde, devido às lágrimas derramadas dos olhos verdes do pastor (...).


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