Autor: Lusa/AO Online
Próximos do Irão, os Huthis assumiram o controlo de Sana em 2014, desencadeando um conflito sangrento contra as forças pró-Governo. A Arábia Saudita lidera uma coligação militar que intervém desde 2015 no Iémen em apoio aos lealistas.
“O enviado especial da ONU para o Iémen, Hans Grundberg, chegou hoje a Sana”, anunciou o seu gabinete na rede social Twitter, esperando-se que o diplomata se encontre com a liderança Huthi devido à “implementação e reforço da trégua”, noticia a agência France-Presse (AFP).
Grundberg deverá encontrar-se com Mahdi al-Mashat, um dos líderes dos rebeldes, segundo a estação de televisão Al-Massirah.
Esta é a primeira visita do enviado especial para o Iémen àquele país desde que tomou posse, em setembro.
No sábado, o diplomata encontrou-se em Omã com o negociador dos rebeldes, Mohamed Abdelsalam, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Omã, Badr Al-Boussaidi, com quem discutiu as tréguas que vigoram desde 02 de abril.
O cessar-fogo mediado pela ONU tem sido largamente respeitado, enquanto a população iemenita enfrenta uma das piores crises humanitárias do mundo.
No entanto, rebeldes e forças leais acusam-se mutuamente de violações de tréguas.
As tréguas, que poderão ser prolongadas além de dois meses, incluem a interrupção de todas as operações militares e a reabertura parcial e controlada do aeroporto de Sana.
A coligação saudita controla todo o espaço aéreo e marítimo do Iémen, incluindo nas áreas nas mãos dos rebeldes.
A guerra civil já matou quase 380.000 pessoas e obrigou à deslocação de milhões de outras, segundo a ONU.