Autor: Lusa/AO Online
A Pioneer Technology Portugal anunciou, hoje à tarde, a intenção aos trabalhadores, garantindo que foram analisadas, “sem resultados significativos” todas as alternativas que evitassem o encerramento da fábrica.
A empresa afirma também que a situação foi, entretanto, agravada pela crise mundial do sector.
“De igual modo, foram analisadas outras alternativas que se mostraram inviáveis face à crise económica mundial que atravessa todos os mercados”, afirmou a empresa.
A Pioneer diz que após o anúncio feito aos trabalhadores se segue “um período de consultas e de conversações com os representantes dos trabalhadores que irão decorrer de acordo com todos os procedimentos legais, regulamentação e condições padrão em vigor no nosso país”.
“A empresa tem vindo a enfrentar uma degradação permanente da sua situação económica e financeira com um decréscimo constante da sua produção, agravada com a crise mundial que entretanto se fez sentir, em particular no sector automóvel”, justifica a Pioneer.
A empresa estima que desde o final do ano passado o volume de vendas tenha caído mais de 25 por cento, apontando ainda para a “degradação dos preços como do volume de negócios”.
“O preço médio dos auto-rádios vendidos no espaço na União baixou dos 143 euros em Janeiro de 2005 para 97 euros no final de 2008, registando uma quebra de 32 por cento. Por sua vez, o volume de negócios do mercado de auto-rádios na União Europeia registou no mesmo período uma quebra de cerca de 40 por cento, baixando dos 1089 milhões de euros em 2005 para 657 milhões em 2008”, refere.
Segundo a empresa, a crise mundial afectou ainda mais o sector, tendo-se assistido a uma quebra das vendas mundiais de auto-rádios que passaram de 9 milhões em 2007/8 para uma estimativa de 6 milhões de unidades vendidas no período 2009/10.
Face a este cenário, a empresa diz que os resultados da Pioneer Technology Portugal passaram de um prejuízo de 600 mil euros no ano fiscal de 2006/2007 para os 3,4 milhões de euros de prejuízo em 2008/2009.
A Pioneer Technology Portugal emprega actualmente 136 trabalhadores efectivos, quatro a prazo e três expatriados, envolvendo ainda cerca de 30 de empresas de trabalho temporário a fim de fazer face a variações de curta duração.
O encerramento da fábrica afectará os 127 trabalhadores envolvidos na produção dos auto-rádios.