Açoriano Oriental
Ucrânia
Duma aprova lei que permite criação de batalhões de voluntários

O Presidente russo, Vladimir Putin, poderá ordenar ao Ministério da Defesa, a partir desta quarta-feira a criação de batalhões de voluntários, iguais aos que combatem na Ucrânia, segundo uma nova lei aprovada pela Duma (Camada dos Deputados).

Duma aprova lei que permite criação de batalhões de voluntários

Autor: Lusa/AO Online

Qualquer cidadão russo pode fazer parte dessas unidades voluntárias após a assinatura de um contrato nesse sentido, lê-se nos termos da nova lei proposta pelo presidente da Duma, Viacheslav Volodin, e pelos deputados do partido que sustenta Putin, Rússia Unida.

A lei especifica que os voluntários cumprirão as missões que lhes forem confiadas pelas Forças Armadas em tempos de guerra ou de lei marcial, durante o processo de mobilização, em caso de conflito militar, operação antiterrorista ou envio de tropas para o exterior.

Além disso, estabelece a condição de voluntário, os requisitos de entrada e exclusão nos batalhões e as condições de pagamento e cobertura social.

“Por causa do seu estatuto, os voluntários serão equiparados a soldados profissionais. É justo, eles também defendem nosso país”, explicou Volodin.

Cabe ao Ministério da Defesa definir quem deve determinar a missão, prazo e local de cumprimento, bem como a composição e número de membros de cada unidade.

As cláusulas incluídas na nova lei afetarão retroativamente os voluntários que participaram desde 24 de fevereiro na “operação militar especial” na Ucrânia.

“O projeto de lei é extremamente importante e oportuno. Hoje, um grande número de homens está a participar voluntariamente da operação militar especial. Eles são verdadeiros patriotas e merecem todo o nosso apoio”, defendeu Andrei Kartapolov, chefe do comité de defesa da Duma.

Diante da aguda falta de homens nas fileiras do Exército russo que está a lutar na Ucrânia, quase todas as regiões vão formar unidades de voluntários por ordem do Kremlin, indicou a imprensa independente russa.

No entanto, a participação de voluntários, escreve a agência noticiosa espanhola EFE, “pouco influenciou a situação no terreno”, como aconteceu até agora com a mobilização de 300.000 reservistas ordenados por Putin.

Tanto voluntários como mobilizados reclamam a falta de equipamentos, a ausência de treino militar e as más condições de vida.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada por Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança do país - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição de sanções políticas e económicasà Rússia.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.374 civis mortos e 9.776 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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