Açoriano Oriental
Cultura suspende obras no adro da Igreja da Esperança

Não foi pedido parecer à Direção Regional dos Assuntos Culturais sobre a intervenção no adro da Igreja, e por isso obra foi suspensa por decorrer em imóvel classificado

Cultura suspende obras no adro da Igreja da Esperança

Autor: Paula Gouveia

A Direção Regional dos Assuntos Culturais (DRAC) determinou ontem a suspensão preventiva da intervenção no adro da Igreja da Esperança, para “tomar conhecimento do processo” e proceder à “competente avaliação do projeto”.

O Convento da Esperança é um imóvel classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 39 175, de 17 de abril de 1953, e, como tal,  qualquer intervenção “deve ser precedida de parecer desta direção regional, acrescido de despacho favorável da tutela, quando se trate de obra de natureza pública”, explicou a DRAC. Mas, de acordo com  este departamento do governo, não foi pedido parecer sobre a intervenção no adro da Igreja da Esperança.

Na sexta-feira, já havia sido colocada, no adro, a nova estátua da Madre Teresa da Anunciada, além de outras estruturas em metal, e ontem foram retiradas lajes de pedra basáltica do pavimento do adro, na zona em frente à porta principal. 

O diretor regional da Cultura, Duarte Nuno Chaves, explica que, na sequência de “denúncias e reclamações” que chegaram à DRAC, foi decidido, ontem, enviar técnicos para se deslocarem ao local e aferirem a situação, e remeter ofícios à Reitoria do Santuário (responsável pelo imóvel), e à Câmara Municipal de Ponta Delgada, solicitando esclarecimentos sobre a ocorrência.

“Com base nas denúncias, decidimos enviar os nossos técnicos para, in loco, presenciarem ao que estaria a acontecer, e tomamos as medidas normais nestes casos: fizemos o pedido de esclarecimento e demos indicação para que a obra fosse suspensa de imediato, e aguardaremos as indicações que os proprietários nos vão dar”, adiantou o diretor regional.

A par disso, decorrem obras no interior do Convento da Esperança para criação de alojamento para doentes deslocados, e a Direção Regional dos Assuntos Culturais decidiu fiscalizar a intervenção “para perceber se tudo o que está a ser realizado neste momento, está enquadrado nas autorizações já dadas”, explicou ainda Duarte Nuno Chaves.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados