Autor: Paulo Faustino
“Mesmo
regressando a atividade económica e turística aos valores de 2019, será
ainda incomportável esta partilha da atividade, entre taxistas,
rent-a-cars, empresas de animação turística e a dita UBER, uma vez que
os operadores atrás indicados e em atividade já apresentavam, num
passado recente, grandes dificuldades na partilha da atividade, por
existir já uma capacidade instalada de dimensão apreciável na Região”,
considera o Chega Açores, cujos dirigentes regionais, Carlos Augusto
Furtado e José Pacheco, reuniram há dias com a Associação de Táxis de
São Miguel. Esta reunião pretendeu perceber as fragilidades atuais deste
setor e auscultar as opiniões dos taxistas quanto à possibilidade da
entrada da UBER nas ilhas.
O Chega Açores manifesta-se contra a decisão do Governo Regional, “uma vez que foi possível perceber que regra geral esta atividade é desenvolvida por empresários em nome individual, que têm neste negócio a única forma de assegurar a subsistência dos seus lares e que o setor atravessa grandes dificuldades, que tem levado à desistência de alguns alvarás de táxi, mostrando-se assim que a sobrevivência do setor está gravemente comprometida, principalmente numa altura em que a Região atravessa grandes dificuldades no setor turístico”, pode ler-se numa nota do partido. O Chega Açores lamenta que os taxistas não tenham sido ouvidos neste processo, referindo que “o setor poderá precisar de um apoio permanente, com a aquisição de gasóleo a preço profissional”.
O Chega
Açores admite que, com a entrada da UBER nos Açores, “poder-se-á estar a
beneficiar interesses instalados”, ressalvando que “a eventual teimosia
em levar por diante esta decisão pode causar graves problemas sociais
às famílias que dependem da regular e sustentável atividade económica de
transportes na Região”.