Autor: Lusa/AO Online
“Nós temos um objetivo muito claro de reduzir o RSI [Rendimento Social de Inserção] na região, mas, neste primeiro momento, temos de, acima de tudo, acautelar os postos de trabalho que ainda existem. Obviamente, uma segunda fase desse mesmo plano será reduzir os números de RSI”, afirmou hoje Carlos Furtado, líder da estrutura regional do Chega.
O deputado falava aos jornalistas depois de o grupo parlamentar ter sido recebido pelo presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, e pelo secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Joaquim Bastos e Silva, no âmbito das audições aos partidos para preparar o Plano e Orçamento da região.
O partido acredita que a “economia nos Açores poderá começar a dar sinais de se libertar dos constrangimentos económicos motivados pela pandemia e que, no segundo semestre, deste ano, poderá, eventualmente, despertar um pouco mais, assegurando esses postos de trabalho e, quiçá, começarem aqui e ali a aparecer novas oportunidades de emprego ao povo açoriano”.
“Nessa altura, podemos começar a perceber que há condições para redução de RSI na região”, afirma.
Para o Chega, a redução a 50% do número de beneficiários “continua premente”.
Quanto à perspetiva temporal para atingir este objetivo, Carlos Furtado acredita que, “se for feito ao fim dos 4 anos, cumpre-se o pressuposto”, mas, “para as coisas funcionarem bem”, é preciso “ter a noção de que isto é um processo gradual”.
O líder do partido saiu da reunião com a garantia de que outra das suas ‘bandeiras’ também irá ser implementada – o gabinete de combate à corrupção vai avançar.
“A constituição desse gabinete, tendencialmente, vai realizar-se numa questão de mobilidade dos funcionários da função pública, o que para nós é importante porque não vai representar um aumento de custos daquilo que é a estrutura de custos da máquina de Estado”, afirmou o deputado.