Açoriano Oriental
CGTP/Açores reivindica para 2022 "aumento geral dos salários"

A CGTP-IN/Açores apresentou o caderno reivindicativo dos trabalhadores açorianos para 2022 onde defende "o aumento geral dos salários", alertando que a pandemia de Covid-19 "acentuou os problemas da situação económica e social" na região.

CGTP/Açores reivindica para 2022 "aumento geral dos salários"

Autor: Lusa/AO Online

"Os últimos dois anos, fora da normalidade, foram marcados pela degradação da situação económica e social de toda a Região, em virtude da pandemia e das consequências de décadas de uma política que fomenta a exploração, gera desigualdades e pobreza, promove a precariedade, perpetua os baixos salários e propicia a desregulação dos horários de trabalho", afirma a CGTP.

Numa nota enviada às redações, a propósito da apresentação do caderno reivindicativo para 2022, a CGTP nos Açores defende "o aumento geral dos salários e a evolução de todas as grelhas salariais", defendendo a "abertura de negociação coletiva para melhorar a vida de todos os açorianos".

Assim, é proposto, "o aumento do Acréscimo Regional ao Salário Mínimo Nacional de 5% para 7,5%", bem como "o aumento da Remuneração Complementar".

A CGTP defende ainda, para o próximo ano, o aumento dos apoios sociais na Região, nomeadamente dos complementos de pensão e do abono de família.

A CGTP nos Açores quer também que seja colocado "em prática um real e efetivo Plano Regional de Combate ao Trabalho Precário".

Esse Plano de Combate ao Trabalho Precário deve incorporar "a passagem a efetivos dos trabalhadores que ocupam postos de trabalho de natureza permanente (com contrato a termo ou a recibo verde), no cumprimento do princípio de que a um posto de trabalho permanente tem de corresponder um vínculo efetivo", lê-se na nota.

A "alteração dos programas ocupacionais e de estágios, de forma a garantir a contratação com integração nos quadros dos trabalhadores abrangidos, que preenchem postos de trabalho de natureza permanente, evitando a sua utilização como mão-de-obra gratuita e sem direito", é outra das medidas preconizadas no caderno.

O documento refere ainda que "a concessão de subsídios às empresas tem de ser acompanhada da exigência da criação e manutenção de postos de trabalho com boas condições salariais e laborais e da redução da precariedade"

"O apoio público ao investimento privado exige a responsabilidade social das entidades apoiadas", refere a nota da CGTP/Açores, para quem a ação reivindicativa nos Açores "é mais desafiante e complexa", dada a condição arquipelágica que "limita a ação" e "encobre, por vezes, as repressões e o assédio".

Nas reivindicações para 2022, a CGTP-IN/Açores insere ainda como prioritários "a garantia da qualidade e o reforço das Funções Sociais do Estado e dos serviços públicos como condição fundamental para dar resposta aos direitos dos trabalhadores e das populações" visando "a coesão social e territorial".

O documento hoje apresentado "será distribuído e divulgado para provocar uma discussão e reflexão para a melhoria das condições de vida de todos os açorianos", refere a CGTP nos Açores.


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