Açoriano Oriental
CDS-PP/Açores quer “soluções concretas” para a Caldeira do Santo Cristo

A líder do grupo parlamentar do CDS-PP/Açores, Catarina Cabeceiras, defendeu a necessidade de haver “soluções concretas” para a cogestão da apanha da amêijoa na Fajã da Caldeira de Santo Cristo, na ilha de São Jorge.

CDS-PP/Açores quer “soluções concretas” para a Caldeira do Santo Cristo

Autor: Lusa/AO Online

A parlamentar, que participou numa reunião do grupo de trabalho dedicado ao tema da cogestão da apanha da amêijoa na Fajã da Caldeira de Santo Cristo, na qualidade de deputada eleita por São Jorge, salvaguardou “a importância de, destes encontros, resultarem soluções concretas” para a melhoria da gestão integrada da exploração da lagoa.

A deputada centrista referia-se especificamente à sua conservação, ao estado ambiental, à qualidade da amêijoa e respetiva apanha e comercialização, tendo apontado que “não deve acontecer como chegou a acontecer no passado", em que haviam "reuniões que resultaram em nada”.

Catarina Cabeceiras está convicta de que o grupo de trabalho “chegará a resultados profícuos e irá pautar-se por um acompanhamento próximo da realidade”, articulando as diversas entidades envolvidas no processo de gestão que envolve áreas quer de jurisdição municipal, quer tuteladas pela secretaria regional do Mar e Pescas e também pela secretaria regional do Ambiente e Alterações Climáticas.

A deputada defendeu a importância de ver “representados, neste grupo de trabalho os próprios residentes da fajã, testemunhas daquilo que tem sido a atrofia da Lagoa de Santo Cristo, que já teve uma dimensão muito superior à que tem atualmente”.

“Apesar de ali viverem poucas famílias a tempo permanente, é fundamental que sejam auscultadas pelo conhecimento concreto que têm do assunto”, declarou a centrista.

Catarina Cabeceiras congratulou-se com o que considera ser “uma nova abordagem à gestão do espaço e recurso da Lagoa e da Fajã de Santo Cristo, um processo participativo que irá culminar numa decisão política”.

O “próximo passo“ no processo da Lagoa da Fajã de Santo Cristo “deverá ser discutir uma proposta concreta de base, a partir da qual se possa chegar ao entendimento que se pretende entre as partes envolvidas”, salvaguardou Cabeceiras.

“Este é um processo fundamental para que se consiga inverter o rumo de degradação da Lagoa de Santo Cristo, pois está em causa um dos ‘ex-libris’ da ilha de São Jorge e dos Açores, uma marca de identidade”, apontou a deputada.

O grupo de trabalho dedicado à cogestão da apanha da amêijoa na Fajã da Caldeira de Santo Cristo foi criado no âmbito de um projeto de sustentabilidade ambiental, social e económica, e deverá apresentar resultados no início de 2023.

O secretário regional do Mar e das Pescas anunciou em agosto, na Calheta, que o “processo de implementação de cogestão da apanha da amêijoa na Fajã da Caldeira de Santo Cristo, na ilha de São Jorge, deverá estar concluído no início de 2023”.

“Nos primeiros meses de 2023, vamos estar em condições de implementar este processo de cogestão. É um processo que se quer participativo, não impondo nada, sem que todos os diretamente envolvidos sejam ouvidos e se pronunciem sobre este novo modelo. O que se pretende é a colaboração de todos”, referiu, na altura, Manuel São João.

O secretário regional do Mar e das Pescas falava após a segunda reunião do grupo de trabalho que se reuniu na fajã, com o objetivo de apresentar uma nova abordagem à gestão do espaço e do recurso da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, na ilha de São Jorge.


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