Açoriano Oriental
Turismo Rural
Bragança regista aumento da procura em ano de crise
 As reservas em algumas unidades de turismo rural do Distrito de Bragança dispararam em ano de crise, com perspectivas de este Verão ser o melhor dos últimos, de acordo com dados revelados esta quinta-feira.

Autor: Lusa/AO Online

Arnaldo Cadavez abriu há 20 anos a primeira unidade desta área, tornando-se no percursor do turismo rural no Nordeste Transmontano.

Começou por transformar um antigo moinho (Moinho do Caniço), próximo de Bragança, em alojamento, abriu mais tarde outra unidade do género a que junta ainda o parque de campismo do Cepo Verde, tudo em pleno Parque Natural de Montesinho.

Segundo disse à Lusa, 80 por cento dos clientes do parque de campismo são turistas estrangeiros e nas restantes unidades é a classe média, média alta de Lisboa quem mais procura o descanso em plena natureza.

No primeiro Verão depois de ter rebentado a crise, o empresário está optimista, garantindo que em uma das unidades estão este ano "com uma procura superior à dos últimos três anos".

Procura não falta, garante este e outros agentes e operadores turísticos da região, que continuam a queixar-se da "falta de articulação, sobretudo institucional, para promover e explorar as potencialidades regionais".

A análise foi feita num fórum, em Vinhais, sobre as temáticas relacionadas com o Parque Natural de Montesinho e a região do Douro, organizado pelos estudantes da licenciatura em Turismo da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

António Botelho, estudante de turismo e membro da organização, disse à Lusa que a ideia do fórum surgiu precisamente da necessidade, também constatada pelos estudantes, de um melhor aproveitamento dos recursos locais.

"Não há iniciativa política, nem privada", considerou, adiantando que com o debate, que juntou diferentes agentes da área, pretendem "contribuir para alterar este estado das coisas".

Arnaldo Cadavez reconhece que, "em termos quantitativos, houve uma mudança significativa", desde que abriu a primeira unidade há vinte anos.

Somam-se agora dezenas por todo o Nordeste Transmontano.

Lamenta, no entanto que tenham de "improvisar" para oferecer mais aos turistas.

"Temos de improvisar pequenas coisas como fazer uns mini-guias edição had-hoc", brincou.

O administrador-delegado para o Turismo Natureza da Direcção Regional de Turismo Porto/Norte, Carlos Ferreira, disse à Lusa que a nova estrutura do turismo tem como propósito ajudar "a organizar o sector".

Carlos Ferreira está à frente da delegação do Turismo Natureza para a toda a região Norte, com sede em Bragança, e entende que, desde logo, "é necessário que as pessoas distingam que actividade turística cabe os privados e a promoção à entidade regional de turismo".

Segundo disse, a nova entidade regional de turismo terá uma visão mais global articulada com autarquias e agentes locais.

Mas desde avisa que o próprio sector terá também de "se organizar, constituindo-se em associações de turismo, hotelaria, etc, para se auto-regular e promover".

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