Açoriano Oriental
Birmânia eleva para 15 mil mortes o balanço do ciclone Nargis
A junta militar birmanesa reviu em alta, para 15 mil mortes, o balanço da devastação causada pelo ciclone Nargis, registando cerca de 10 mil mortes na localidade de Bogalay, no sudoeste do país.

Autor: Lusa/AO online
O ciclone, que fustigou durante o fim-de-semana a região do rio Irrawaddy, no sul da Birmânia, deixou centenas de milhares de pessoas sem casa e sem água potável.

    O anterior balanço das autoridades, divulgado na segunda-feira, cifrava-se em cerca de 10 mil mortos e mais de duas mil pessoas desaparecidas.

    O ministro dos Negócios Estrangeiros birmanês, Nyan Win, congratulou-se com a promessa de ajuda em medicamentos e alimentos da Tailândia, país vizinho da Birmânia, expressando ainda o seu parecer favorável à ajuda humanitária de outros países e entidades internacionais.

    De acordo com o chefe da diplomacia birmanesa, muitos países e organizações internacionais estão a mobilizar-se para ajudar os sobreviventes do ciclone.

    Perante a magnitude do desastre, as autoridades birmanesas "manifestaram disponibilidade para receber ajuda internacional (...) mas os termos ainda têm de ser determinados", confirmou a porta-voz do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU, Elisabeth Byrs.

    A mesma responsável acrescentou que a organização está já a preparar o envio de uma equipa de cinco peritos em situações de catástrofe.

    Já no terreno, a Federação Internacional da Cruz Vermelha, através do porta-voz Michael Annear, revelou que "a escala de destruição está a dificultar a prestação de ajuda às pessoas que necessitam dela com mais urgência".

    "Estamos a distribuir mantimentos para os sem-abrigo, coberturas de plástico para cobrir os telhados (...) e fornecemos 5 mil litros de água potável, cobertores e roupas para aqueles que mais necessitam", explicou Annear.

    Outro dos auxílios confirmados é da Comissão Europeia, que hoje desbloqueou uma ajuda de emergência no valor de dois milhões de euros.

    "É uma terrível catástrofe que exige uma resposta humanitária rápida e eficaz", afirmou o comissário para a Ajuda Humanitária, Louis Michel, em comunicado, assegurando ainda que a ajuda irá ser distribuída "directamente às vítimas e de forma imparcial".
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