Autor: Lusa/AO Online
"O plano deve ter início em janeiro de 2016, integrando por um período mínimo de quatro anos, durante os quais a atividade das embarcações será reduzida em dois meses", defenderam as duas associações, num comunicado de imprensa.
A Porto de Abrigo tinha já anunciado em outubro a necessidade de aplica um plano de gestão para estas espécies que vivem no fundo do mar.
Em causa está a sustentabilidade das pescarias, já que nos últimos cinco anos o volume de capturas entregues em lota teve um decréscimo significativo.
"Entre 2010 e 2014, houve uma redução gradual de 18.944 toneladas (2010) para 9.104 toneladas (2014)", salientam as associações, acrescentando que desde o início de 2015 até meados de novembro as capturas transacionadas em lota atingiram "apenas 7.824 toneladas" e não se espera que esse valor ultrapasse as 8.800 toneladas até ao final do ano.
Para a Porto de Abrigo e para a APEDA, a situação é "urgente" e exige a dotação de verbas no Orçamento da Região para 2016, que está já a ser discutido na Assembleia Legislativa.
Esse montante deverá assegurar o fundo de maneio necessário para o adiantamento da comparticipação comunitária suportada pelo Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e da Pesca (FEAMP).
Os proponentes estimam que o orçamento aproximado durante toda a vigência do plano "atinja os 20 milhões de euros, sendo a comparticipação regional anual aproximada de um 1,2 milhões euros".
Para que as medidas de gestão tenham sucesso, as associações consideram que é necessário estabelecer um acordo de parceria entre as diferentes partes interessadas.
Os proponentes defendem a adesão de associações de pesca desportiva, mergulho e náutica de recreio para redução de pesca de espécies como a abrótea, o alfonsim, o boca-negra, o cherne, a garoupa, o imperador ou o goraz, entre outras.
Ao longo desta semana, as associações reuniram-se com representantes de partidos políticos, da Universidade dos Açores e de associações de pesca desportiva e mergulho.
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