Autor: Lusa/AO Online
“O Governo (regional) tem abertura para discutir (a proposta), mas não tem neste momento espaço de manobra para ele ter expressão orçamental (em 2016) e há uma peça que falta que é sabermos quanto dinheiro é que conseguimos garantir aos pescadores açorianos se lhes formos propor uma paragem”, afirmou o secretário regional do Mar em declarações à Lusa.
As espécies demersais são as que vivem no fundo do mar.
A cooperativa Porto de Abrigo e a Associação de Produtores de Espécies Demersais dos Açores (APEDA) propuseram hoje ao Governo Regional que defina um plano para garantir a sustentabilidade das espécies demersais costeiras com maior captura no arquipélago.
"O plano deve ter início em janeiro de 2016, integrando por um período mínimo de quatro anos, durante os quais a atividade das embarcações será reduzida em dois meses", defenderam as duas associações, num comunicado de imprensa.
A Porto de Abrigo tinha já anunciado em outubro a necessidade de aplica um plano de gestão para estas espécies que vivem no fundo do mar.
O governante açoriano referiu que logo que sejam conhecidas as regras do novo fundo europeu dos assuntos marítimos e das pescas o Executivo açoriano poderá tomar “uma decisão informada”, fazer “contas concretas” e simular quanto é que os pescadores açorianos receberiam para não pescarem durante um determinado período de tempo.
Reconhecendo que o principio por detrás da proposta já foi apresentado mais do que uma vez, Fausto Brito e Abreu considerou notável que os Açores tenham um setor tão “capacitado e com a preocupação da gestão sustentável” dos recursos marítimos, por não ser essa “a realidade do país como um todo”.
Em causa está a sustentabilidade das pescarias, já que nos últimos cinco anos o volume de capturas entregues em lota teve um decréscimo significativo.
"Entre 2010 e 2014, houve uma redução gradual de 18.944 toneladas (2010) para 9.104 toneladas (2014)", salientam as associações, acrescentando que desde o início de 2015 até meados de novembro as capturas transacionadas em lota atingiram "apenas 7.824 toneladas" e não se espera que esse valor ultrapasse as 8.800 toneladas até ao final do ano.
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