Açoriano Oriental
“As artes marciais são escolas de formação e conhecimento”

O presidente da Associação de Aikido dos Açores, Mário Medeiros, faz uma análise ao papel das artes marciais, que estiveram em destaque na “Semana do Japão”, que decorreu na ilha de São Miguel

“As artes marciais são escolas de formação e conhecimento”

Autor: Mariana Lucas Furtado

O presidente da Associação de Aikido dos Açores (AAA), Mário Medeiros, faz um balanço muito positivo da “Semana do Japão” uma semana dedicada não só às artes marciais, mas também à cultura japonesa, que se assinalou com várias atividades entre os dias 29 de julho e 4 de agosto. Mário Medeiros espera também alargar a abrangência de iniciativas como esta em edições futuras.

“O balanço é extremamente positivo, porque a ‘Semana do Japão’ pretendia criar situações em que, para além da prática marcial, existissem momentos lúdicos, de conversa e interação entre todos os que nos visitaram, que foram pessoas de vários lugares, inclusivamente estrangeiros”, explicou o responsável.

As demonstrações de artes marciais como o Aikido, o Karaté, Judo, Iaido, Tenchi-Tessen e Kendo aconteceram na freguesia do Livramento, mas o programa social ao longo da  semana abrangeu vários pontos turísticos de interesse da ilha de São Miguel.

Em declarações ao Açoriano Oriental, Mário Medeiros referiu tratar-se de um “evento inédito”.

“Há um dia do Japão que costuma ser assinalado em Lisboa, onde são praticadas diversas artes marciais e  realizadas manifestações culturais e até comerciais por parte da embaixada em promoção da cultura japonesa. Mas uma semana é inédito. Nós combinámos um estágio de verão com um programa que tivesse a parte de formação, cultura e desporto”.

Um dos pontos altos da “Semana do Japão” aconteceu no último dia, com uma demonstração de Kendo em que participou o próprio embaixador do Japão em Portugal, Ota Makoto, também ele praticante da modalidade.

Para Mário Medeiros, iniciativas como esta, que comportam bastante trabalho logístico, têm também o objetivo de atrair mais atletas para a prática das artes marciais.

“É uma forma de demonstrarmos que estamos presentes e que queremos atrair atletas novos. E novos não só em termos de idade. Há atletas mais idosos que também se podem iniciar na prática das artes marciais”, disse Mário Medeiros, sublinhando que “fica a ideia de que as artes marciais são escolas de formação muito importantes, na interação, na procura e no conhecimento. Penso que isso foi um objetivo totalmente cumprido”.

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