Autor: Lusa/AO Online
João Carvalho, coordenador dos anuários financeiros dos municípios e das freguesias, disse hoje aos jornalistas, numa conferência sobre finanças públicas, em Ponta Delgada, que o Tribunal de Contas, a “principal fonte” do estudo, não tem a maior parte da informação financeira das freguesias.
Também nos ‘sites’ destas autarquias, apontou, a informação é muitas vezes escassa, pelo que não foi possível analisar já todos os orçamentos no Anuário Financeiro das Freguesias Portuguesas 2014, divulgado esta semana.
“Mais três, quatro anos [e] obtemos a informação das 3.091 freguesias do país. Vai ser importante dar essa informação, até porque o sistema de normalização contabilístico que foi aprovado no dia 11 de setembro obriga a que todas as freguesias passem a implementar o novo sistema e tenham as contas apresentadas e divulgadas nos ‘sites’”, afirmou João Carvalho.
O responsável sublinhou que este estudo terá um caminho idêntico ao que foi feito para as câmaras: “O primeiro anuário dos municípios não tem 100 câmaras municipais. Agora, tem as 308”.
João Carvalho referiu ainda que os Açores se destacam neste novo anuário por o documento já incluir informação sobre cerca de 40% das 155 freguesias da região, o que considerou um número significativo.
Durante a abertura da conferência “A política, os políticos e a gestão dos dinheiros públicos”, o bastonário da Ordem dos Contabilistas Certificados (antiga Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas), Domingues de Azevedo, referiu que as freguesias não devem ser esquecidas e lembrou que há juntas maiores do que algumas câmaras municipais.
O responsável afirmou que estes e outros estudos promovidos pela Ordem, em conjunto com outras instituições, sobretudo do ensino superior, se inserem numa postura de “ir ao encontro da sociedade”, em que o trabalho dos contabilistas não se limita ao interior dos gabinetes.
Entre esses projetos, acrescentou, está a análise do estado financeiro das Misericórdias, já em curso e que deverá permitir apresentar alguns dados em janeiro.
O objetivo é o de que o trabalho se estenda, no futuro, a todas as instituições particulares de solidariedade social (IPSS).
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