Açoriano Oriental
Açores com novo ecossistema digital para administração pública

O presidente do governo açoriano defendeu que a transição digital é uma “exigência” para a administração pública ser menos burocrática e mais rápida, revelando que está a ser implementado um “novo ecossistema digital” nos serviços da região.

Açores com novo ecossistema digital para administração pública

Autor: Lusa/AO Online

“Uma opção pela transição digital reduzirá cada vez mais custos de contextos, tornando a administração pública e os serviços mais rápidos, menos burocráticos, reduzindo custos de tempo de espera para os cidadãos e as empresas”, afirmou.

O líder do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) falava na cidade da Lagoa numa conferência sobre governança inteligente, organizada por ocasião dos 25 anos da empresa Globaleda.

O chefe do governo açoriano avançou que está a ser implementada na administração pública regional uma ‘cloud’ privada, designada Azores Cloud, que “pressupõe a plena integração com partilha permanente” e em tempo real de informação através de um repositório único.

“A cloud privada Azores Cloud será uma infraestrutura basilar suportada em dois ‘data center’ [centro de processamento de dados] de última geração: um em Angra do Heroísmo, outro em Ponta Delgada. É o desenvolvimento de um novo ecossistema digital de serviços da administração pública”, realçou.

Bolieiro insistiu que o Governo Regional quer “passar das palavras à ação” para garantir a “transformação e transição digital” na região.

“A transformação e a transição dos serviços públicos é uma exigência da administração pública e é uma opção do Governo dos Açores para com modernidade, com celeridade e democratização pôr a administração ao serviço das pessoas”, declarou José Manuel Bolieiro.

Bolieiro garantiu que a “desmaterialização de processos” vai contar com o “investimento necessário”, mas reconheceu que a transição digital “impõe uma mudança de mentalidades”.

“Os conhecidos mangas de alpaca são aqueles que na administração querem exibir poder pela demora, pela falta de acessibilidade e democratização à informação de quem é requerente. É preciso acabar com este exercício que penaliza o desenvolvimento da economia”, alertou.

Bolieiro admitiu que os serviços públicos são, “muitas vezes”, um “impedimento” à emissão de licenciamentos, defendo a necessidade “escrutinar os procedimentos”.

Para isso, prosseguiu, deve ser implementado um sistema de “acompanhamento online para saber se há transparência, celeridade ou negligência”.

“Os mais penalizados são os conhecidos licenciamentos de caráter industrial ou empresarial. Queremos trabalhar a sua simplificação, o seu escrutínio e a sua disponibilidade online”, assinalou.


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