Autor: João Cordeiro
O jogo é uma criação da empresa açoriana Cereal Games, e a banda sonora ficou a cargo do jovem músico Cristóvão Ferreira, que deixa uma obra intemporal, que, se não tiver o merecido destaque agora – como muitas vezes acontece – será certamente recordada no futuro como um grande momento da música feita nos Açores (no nicho que é a música jazz, claro...).
O álbum tem seis temas deslumbrantes (estou a tentar poupar nos adjetivos porque o jogo é dirigido pelo Lázaro Raposo, que também faz parte do Meia de Rock), interpretados por músicos de várias proveniências geográficas e musicais, mas todos residentes nos Açores: Alfredo Molina, Carlos Mendes, o próprio Cristóvão Ferreira, Gianna de Toni, Lázaro Raposo, Michael Smith, Mike Ross, Nelson Inácio, Nuno Alves, Paulo Bettencourt e Roberto Martins.
A música acompanha o ambiente do jogo, cuja história se desenrola na escura e mal frequentada Pecaminosa, uma cidade imaginária, na América dos anos 40, fustigada pelo crime e pela decadência dos casinos e dos bares cheios de vícios.
Por enquanto, o álbum está disponível para venda apenas na Steam – uma
plataforma online de compra de videojogos – mas poderá ser ouvida ao
vivo no Teatro Micaelense no próximo dia 18 de junho, no evento que a
Cereal Games está a preparar para promover o jogo.
A alternativa é comprar o jogo e, quando estiver a gostar da música,
deixe o detetive John Souza quieto e deixe o tema seguir até ao fim. Mas
para garantir que não é surpreendido por algum inimigo, o melhor é
mesmo selecionar a opção “grafonola”, que permite
ouvir as versões completas em segurança, porque – não se esqueça –
Pecaminosa é uma cidade muito traiçoeira.