"A chanceler Merkel e eu reafirmamos o nosso compromisso de estabelecer uma relação mais substancial com a Rússia (...) para trabalhar com o governo russo sobre aqueles assuntos que estamos de acordo e para discutir honestamente sobre aqueles que estamos em desacordo", afirmou Obama, mencionando, por exemplo, as negociações para a redução dos arsenais nucleares norte-americano e russo.

Merkel sublinhou igualmente a importância "das boas relações entre os Estados Unidos, a Alemanha e a Rússia", para que exista, por exemplo, uma resposta "a uma só voz" sobre o dossier iraniano.

Sobre o Irão, "temos que concertar uma posição comum, se possível com a Rússia, mas também com a China", acrescentou a governante alemã.

Com uma posição mais crítica, Obama admitiu mesmo que o diálogo directo entre os Estados Unidos e Teerão "será afectado" depois dos acontecimentos de violência ocorridos nas manifestações contra os resultados das eleições presidenciais naquele país.

"Um governo que trata os seus cidadãos com medidas implacáveis e de violência e que não consegue lidar com protestos pacíficos (...) não respeita as normas universais", criticou.

O chefe de Estado afirmou, no entanto, que a administração norte-americana irá manter os contactos multilaterais com o Irão.