Açoriano Oriental
Aviação
Voos regulares para América do Norte
Pode ser o empurrão que faltava para atender às solicitações dos empresários e essencialmente ao sector do turismo: a SATA Internacional vai realizar voos regulares para os Estados Unidos da América e Canadá.
Voos regulares para América do Norte

Autor: Pedro Nunes Lagarto
António Gomes de Menezes, presidente do Grupo SATA, explicou, em entrevista ao Diário Económico, que o objectivo passa por consolidar a posição no segmento doméstico e de familiares que viajam entre Portugal, Boston, Toronto e Montreal, mas essencialmente crescer ao nível de viagens de negócios no mercado da América do Norte.
“O voo regular confere futuro e ambição à operação , permitindo-nos modernizar o modelo de distribuição, marketing e vendas e com isso crescer também nesses mercados, onde somos a principal transportadora a nível de ponte aérea para a Região”,  explicou António Gomes de Menezes ao Diário Económico.
Actualmente, a transportadora regional assegura quinhentas ligações entre Portugal e a América do Norte, um número que deverá ser incrementado com o novo figurino, que mereceu o aval da entidade reguladora, o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).
O número um da SATA estima que a decisão seja publicada em Diário da República dentro de duas semanas.


Implicações
O facto da companhia passar a ter uma operação fixa para a América do Norte, e independente das necessidades pontuais dos operadores turísticos, faz com que a transportadora reveja procedimentos.
Nesse capítulo, António Gomes de Menezes revelou ao Diário Económico que a SATA poderá distribuir as suas tabelas directamente nas plataformas tecnológicas de reserva de tarifas aéreas para os operadores, vender bilhetes “online” e firmar parcerias com outras companhias.
“Voamos para Boston e Toronto todo o ano e queremos facilitar o acesso às nossas “gateways” através de acordos de “code-sharing” (voos partilhados) com outras companhias, americanas ou europeias, que permitam um crescimento da nossa capacidade de transporte”.
Para além dos procedimentos comerciais, a operação em regime regular poderá implicar alterações  a nível da frota.
António Gomes de Menezes admite que a companhia está a estudar a renovação da frota de longo curso, no entanto nessa matéria não há ainda certezas, pois a aquisição de novas aeronaves passa pela avaliação da operação nos Estados Unidos da América e Canadá.
Recorde-se que hoteleiros locais, mas também  empresários norte-americanos e canadianos, muitos dos quais do chamado mercado da saudade, reivindicam há dezenas de anos um incremento do número de voos para os Estados Unidos da América e Canadá, o que poderia passar por fixar a operação, um processo por fim  em curso.


Combustível complica as contas
Até Agosto de 2008 a SATA já apresenta um desvio na factura de combustível de 13 por cento, o que representa um aumento de 3,3 milhões de euros face aos 24,3 milhões de euros que estavam orçamentados para os primeiros seis meses do ano.
António Gomes de Menezes confirma as dificuldades colocadas pelos combustíveis. “Com base nos dados de Agosto, verificamos que o desvio tem vindo a aumentar não só pelo aumento da actividade mas também pelo aumento do preço que se faz sentir, quer no mês de Julho, quer no mês de Agosto”.
Este ano, para enfrentar a crise, a SATA fez uma gestão proactiva dos combustíveis, ao celebrar contratos de “hedging”- protecção de preço - para 80 por cento do consumo. Ainda assim, em 2008 os resultados da SATA estarão perto do nulo.
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