Autor: Lusa / AO online
A acção é movida pela Afinsa Bienes Tangibles, de Madrid, e pela sua participada Afinsa Portugal - Sociedade Filatélica, Lda, correndo no Tribunal Criminal do Porto.
O antigo jornalista teve um vínculo com a Afinsa, desde data não revelada, até 12 de Dezembro de 2001, disse à Lusa João Loureiro, um dos responsáveis do grupo em Portugal.
Enquanto colaborador da Afinsa, Vasco Lourinho usufruía de um carro de serviço Volvo S80 e de dois cartões de crédito, que só poderia usar "enquanto os serviços se mantivessem" e apenas para despesas que tivesse que realizar "em função de e por causa da Afinsa".
A Afinsa adiantou à Lusa que o automóvel foi devolvido.
A acusação, consultada pela Lusa, indica que em 8 de Novembro de 2001, um responsável da Afinsa Bienes Tangibles, José Luís Valverde, recebeu um telefonema de Vasco Lourinho, informando-o que "iria enterrar a empresa" e que "já não tinha que dar conta à empresa de mais nada".
"Depois desta declaração (estranha) não mais foi à empresa nem disse nada", refere o processo.
Em Dezembro de 2001, após a Afinsa rescindir o contrato, Vasco Lourinho entregou o carro à empresa, mas não respondeu aos apelos da Afinsa para justificar as despesas que fez.
"Debalde. O participante nada respondeu", refere o texto da acusação a que a Lusa teve acesso.
Mais tarde, Vasco Lourinho argumentou que "só com a deslocação aos escritórios da empresa lhe seria possível verificar e justificar os gastos e entregar documentos referentes a despesas", o que nunca o fez.
Segundo a Afinsa, Vasco Lourinho usou, em transferência para contas pessoais, levantamentos e pagamentos de despesas não associadas à actividade que exercia, um total de 64.462,70 euros.
Fonte judicial disse à Lusa que o início do julgamento está já marcado para 18 de Fevereiro do próximo ano, ainda que o antigo correspondente da RTP em Madrid esteja declarado contumaz, por não ter sido localizado em tempo útil.
O estatuto deverá ser-lhe retirado já que, entretanto, contactou o tribunal, disse a fonte.
No texto da acusação, o grupo Afinsa faz saber que se reserva ao direito de, "no momento próprio", pedir uma indemnização cível pelos prejuízos causados.
Vasco Lourinho é formalmente acusado de quatro crimes de abuso de confiança.
O grupo Afinsa, que agora se dá como lesado por um dos seus antigos colaboradores, foi notícia em Abril de 2006, quando as autoridades espanholas a associaram a fraudes fiscais com selos.
O esquema, a que também foi associado o Fórum Filatélico, lesou alegadamente pelo menos 190 mil pessoas, 12 mil das quais em Portugal.
O antigo jornalista teve um vínculo com a Afinsa, desde data não revelada, até 12 de Dezembro de 2001, disse à Lusa João Loureiro, um dos responsáveis do grupo em Portugal.
Enquanto colaborador da Afinsa, Vasco Lourinho usufruía de um carro de serviço Volvo S80 e de dois cartões de crédito, que só poderia usar "enquanto os serviços se mantivessem" e apenas para despesas que tivesse que realizar "em função de e por causa da Afinsa".
A Afinsa adiantou à Lusa que o automóvel foi devolvido.
A acusação, consultada pela Lusa, indica que em 8 de Novembro de 2001, um responsável da Afinsa Bienes Tangibles, José Luís Valverde, recebeu um telefonema de Vasco Lourinho, informando-o que "iria enterrar a empresa" e que "já não tinha que dar conta à empresa de mais nada".
"Depois desta declaração (estranha) não mais foi à empresa nem disse nada", refere o processo.
Em Dezembro de 2001, após a Afinsa rescindir o contrato, Vasco Lourinho entregou o carro à empresa, mas não respondeu aos apelos da Afinsa para justificar as despesas que fez.
"Debalde. O participante nada respondeu", refere o texto da acusação a que a Lusa teve acesso.
Mais tarde, Vasco Lourinho argumentou que "só com a deslocação aos escritórios da empresa lhe seria possível verificar e justificar os gastos e entregar documentos referentes a despesas", o que nunca o fez.
Segundo a Afinsa, Vasco Lourinho usou, em transferência para contas pessoais, levantamentos e pagamentos de despesas não associadas à actividade que exercia, um total de 64.462,70 euros.
Fonte judicial disse à Lusa que o início do julgamento está já marcado para 18 de Fevereiro do próximo ano, ainda que o antigo correspondente da RTP em Madrid esteja declarado contumaz, por não ter sido localizado em tempo útil.
O estatuto deverá ser-lhe retirado já que, entretanto, contactou o tribunal, disse a fonte.
No texto da acusação, o grupo Afinsa faz saber que se reserva ao direito de, "no momento próprio", pedir uma indemnização cível pelos prejuízos causados.
Vasco Lourinho é formalmente acusado de quatro crimes de abuso de confiança.
O grupo Afinsa, que agora se dá como lesado por um dos seus antigos colaboradores, foi notícia em Abril de 2006, quando as autoridades espanholas a associaram a fraudes fiscais com selos.
O esquema, a que também foi associado o Fórum Filatélico, lesou alegadamente pelo menos 190 mil pessoas, 12 mil das quais em Portugal.