Açoriano Oriental
UE pede solução pacífica para o Egito
A União Europeia manifestou preocupação com o fracasso das conversações para acabar com os protestos dos apoiantes do Presidente egípcio deposto, Mohammed Morsi, e instou todas as partes a procurarem uma solução pacífica para o problema.
UE pede solução pacífica para o Egito

Autor: Lusa/AO online

“Estamos muito preocupados com as últimas informações”, disse o porta-voz comunitário dos Negócios Estrangeiros, Michael Mann, citado pela agência de notícias EFE, recordando que a União Europeia (UE) está presente no terreno e em contacto com todas as partes.

“A UE insta todos os grupos políticos a obter uma solução pacífica para o atual impasse”, sublinhou Mann.

A Presidência egípcia anunciou hoje em comunicado oficial o fracasso dos esforços diplomáticos para pôr fim aos acampamentos de protesto dos apoiantes de Morsi.

“Hoje terminaram os esforços diplomáticos para dar a oportunidade adequada aos Irmãos Muçulmanos de renunciarem à violência”, lê-se na nota que destaca que a mediação não teve êxito, “apesar do apoio total do Governo”.

Pouco depois, numa declaração transmitida pela televisão, o primeiro-ministro egípcio, Hazem el Beblaui, pediu aos apoiantes de Morsi que abandonem “rapidamente” os seus acampamentos no Cairo e garantiu que não haverá “marcha atrás” na decisão de os desmantelar, ao mesmo tempo que alertou que o uso de armas por qualquer pessoa que não pertença à polícia se confrontará com “a mais severa força”.

As autoridades avisaram várias vezes que desmantelariam pela força os acampamentos nas praças de Rabea al Adauiya e de Al Nahda, no Cairo, onde permanecem os islamitas desde que Morsi foi deposto pelo Exército, a 03 de julho último.

A Presidência egípcia recordou que permitiu aos enviados dos Estados Unidos, UE, Emirados Árabes Unidos e Qatar visitar o local dos protestos e falar com os respetivos responsáveis, para conhecer a situação, além de “instar aos Irmãos Muçulmanos que assumam a sua responsabilidade nacional”.

Culpou ainda a Irmandade Muçulmana, grupo a que pertenceu Morsi até ascender à chefia do Estado, pelo fracasso dos esforços diplomáticos para resolver a crise de forma pacífica e pediu-lhes que respeitem “a vontade popular” expressa nos protestos de 30 de junho e 26 de julho.

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