Autor: Lusa/AO Online
De acordo com fonte oficial do tribunal, o arguido ficou indiciado pelos crimes de terrorismo e detenção de arma proibida, com a juíza de instrução a decidir pela medida de privação da liberdade devido a “fortes indícios de existir a continuação da atividade criminosa e da perturbação da tranquilidade pública”.
Segundo a informação fornecida, o estudante universitário vai agora ser levado para o Estabelecimento Prisional de Lisboa.
Foi presente ao juiz apenas depois das 12h00 - apesar de ter chegado cerca das 09h00 ao Campus da Justiça (Lisboa) numa viatura da Polícia Judiciária (PJ) - e não prestou declarações durante o interrogatório.
Antes disso, foi ainda necessário esperar que o processo chegasse ao tribunal. O suspeito estava para ser representado por um defensor oficioso que estava de escala, mas, já em cima do início do interrogatório, acabou por ver chegar um advogado que foi mandatado pela família para a diligência desta manhã.
O arguido foi detido na quinta-feira pela PJ, que disse ter impedido assim uma “ação terrorista” e ter apreendido várias armas proibidas.
Em comunicado, a PJ adiantou que a investigação que levou à detenção foi desencadeada “por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa”.
Através da Unidade Nacional Contraterrorismo, a PJ encetou na quinta-feira de manhã a operação, cumprindo mandados de busca domiciliária.
Fonte ligada ao processo disse, entretanto, à agência Lusa que o alerta para o atentado terrorista foi dado pelo FBI, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A mesma fonte confirmou que o detido tem nacionalidade portuguesa, que o ataque estava previsto para esta sexta-feira e que este seria um atentado a título individual, sem ter por detrás a ação de um grupo.
Segundo o comunicado da PJ, foram apreendidos “vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais”. Além de armas proibidas foram apreendidos outros artigos, “suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos” e vasta documentação, “além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear”.
O arguido, detido em flagrante pela posse das armas, está também indiciado pela prática do crime de terrorismo.