Açoriano Oriental
Seleção escreve a página mais bonita da história do futsal português

A seleção de futsal escreveu a página mais bonita da história portuguesa na modalidade, ao conquistar pela primeira vez o Mundial, com uma vitória memorável por 2-1, perante a agora ex-detentora do título Argentina.


Autor: Lusa /AO Online

Pany Varela foi o maior responsável pelo inédito título que a equipa das ‘quinas’ junta ao Europeu conquistado em 2018, na Eslovénia, ao apontar os dois golos do triunfo, aos 15 e 28 minutos, tendo a Argentina reduzido, também aos 28, por Ángel Claudino.

Portugal entra na lista restrita de países campeões do mundo de futsal, que continha apenas o Brasil, vencedor em cinco ocasiões, Espanha, detentora de dois títulos, e Argentina, que ganhou a última edição, em 2016, na Colômbia. A melhor prestação de sempre dos lusos, até agora, tinha sido o terceiro lugar obtido em 2000, na Guatemala.

Duas seleções pouco atrevidas iniciaram o jogo, sem querer arriscar numa partida com caráter tão importante, e os primeiros minutos foram disputados longe das balizas, embora com ascendente da Argentina, a aproximar-se mais vezes da defendida pelo guarda-redes Bebé.

A primeira ocasião flagrante da partida pertenceu mesmo à formação ‘albiceleste’, aos oito minutos, quando o ex-benfiquista Alan Brandi acertou no poste, mas Tiago Brito respondeu prontamente, com um remate rasteiro, para defesa de Nicolás Sarmiento.

O momento determinante da primeira parte surgiu aos 13 minutos, quando Cristián Borruto viu o cartão vermelho por uma agressão evidente a Ricardinho, com um murro na zona abdominal, detetado através do sistema de vídeo, a pedido dos portugueses.

Em superioridade numérica, o ‘capitão’ teve uma ocasião soberana, ao aparecer no segundo poste e a desviar, em direção ao poste, mas Portugal conseguiu aproveitar a vantagem e colocar-se na liderança aos 15, num autêntico ‘tiro’ de Pany Varela.

Zicky, aos 17, teve a oportunidade de dilatar o marcador, mas, em excelente posição, acertou mal na bola, antecedendo a reação argentina antes do descanso, que chegaria com 1-0 a favor dos lusos, graças a uma grande defesa de Bebé, a segundos da ‘buzina’.

Na segunda parte, Portugal manteve-se por cima do jogo, com uma exibição segura e personalizada, tendo em Erick Mendonça a principal peça no ataque à baliza contrária, primeiro aos 24, com muita classe, a ‘picar’ por cima de Nicolás Sarmiento, mas à trave.

O duelo prosseguiu nos instantes seguintes, mas o guarda-redes sul-americano levou a melhor em duas ocasiões, com intervenções vistosas, antes de Pablo Taborda rematar, num livre direto, contra o corpo de Tomás Paçó, que estava encostado a um poste.

A equipa das ‘quinas’ ampliou a vantagem, em novo ‘disparo’ do inevitável Pany Varela, aos 28 minutos, que apontou o seu oitavo golo em sete encontros, mas foi ‘sol de pouca dura’, pois a Argentina reduziu logo, por Ángel Claudino, com desvio de Tomás Paçó.

A partir daí, a formação argentina assumiu por completo o encontro e valeu Bebé ao conjunto luso, com defesas importantes, duas delas aos 29 e outra aos 35, mas a maior perdida foi de Matías Edelstein, aos 31, a atirar para fora com a baliza toda à mercê.

Com guarda-redes avançado, a Argentina ‘carregou’ ainda mais e ficou a pedir uma grande penalidade por alegada mão de João Matos, mas os árbitros nada assinalaram e Portugal aguentou até ao fim, num maravilhoso epílogo de um Mundial memorável.

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