Açoriano Oriental
Seleção brasileira desfruta de refúgio de tranquilidade no estágio em Portugal

A seleção brasileira feminina de ténis de mesa encontrou em Portugal um refúgio de tranquilidade para preparar a sua preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, estando concentrada em Vila Nova de Gaia, num estágio com cinco atletas.

Seleção brasileira desfruta de refúgio de tranquilidade no estágio em Portugal

Autor: AO Online/ Lusa

A iniciativa faz parte do projeto 'Missão Europa', promovido pelo Comité Olímpico do Brasil (COB), que trouxe para Portugal vários atletas, de diferentes modalidades, de forma a contornar as dificuldades de treino no país, devido às contingências da pandemia de covid-19.

No caso da seleção de ténis de mesa 'canarinha', que não estava reunida há cinco meses, as instalações do Centro de Alto Rendimento de Vila Nova de Gaia serão a base durante 35 dias, permitindo recuperar o "tempo perdido" após o confinamento.

"Nunca pensávamos que íamos ficar tanto tempo parados. Este estágio veio num momento muito bom. Agora é treinar com inteligência para evitar lesões. Serão dias muito proveitosos e importantes para recuperar o ritmo de treino e de jogo, para preparar as olimpíadas de Tóquio", partilhou o técnico Hugo Hoyama à Agência Lusa.

O responsável enalteceu o clima "de tranquilidade" com que a equipa brasileira tem evoluído em Portugal, não só pelos protocolos de segurança que encontrou no pavilhão gaiense, como também pelo facto de a equipa ter sido testada à covid-19 na partida do Brasil e na chegada à Portugal.

Esse sentimento de segurança já era conhecido por Bruna Takahashi, atleta olímpica do Brasil, que desde o último ano representa a formação lisboeta do Sporting, e que, por isso, diz "sentir-se em casa" nestes dias de trabalho em Portugal.

"É bom ter a equipa reunida aqui e ver que conseguem voltar aos treinos como eu. O principal é sentirmo-nos seguras no local de treino, e aqui sabemos que podemos apenas focar no trabalho. Estamos confortáveis", disse a atleta, de 20 anos, que é a melhor cotada da modalidade no seu país.

Bruna Takahashi lembrou que no Brasil muitos clubes e locais de treinos estão encerrados "desde março e só devem reabrir em setembro", dizendo que "é um grande alívio" ver este grupo que integra "recuperar o ritmo para preparar a participação nos jogos de Tóquio".

A seleção brasileira já tinha conseguido o apuramento para as olimpíadas antes da pandemia eclodir a nível mundial, algo que na opinião de Jessica Yamada, outra das atletas que integram este estágio, permite fazer uma preparação com "menos ansiedade".

"O ténis de mesa feminino brasileiro está a subir de nível, mas ainda não dá para sonhar com medalhas [nas olimpíadas]. Temos de dar o nosso melhor, encarar todos os jogos como se fossem uma final, mas sem criar muito expectativa. Acredito que temos chances de fazer bons jogos e vitórias", partilhou.

Jéssica Yamada aponta que ainda há "uma grande diferença nos apoios e nas estruturas" da modalidade entre a Europa e América Latina, considerando que é muito positivo ter a oportunidade de completar estes dias de trabalho em Portugal.

"No Brasil não temos a mesma estrutura nem parceiros com o mesmo nível para treinar. Aqui é muito profissional, o que é ótimo para evoluir. Além disso, sinto-me mais tranquila e segura", disse a atleta.

Além de Jéssica Yamada e Bruna Takahashi, a equipa olímpica brasileira feminina de ténis de mesa é ainda composta por Caroline Kumahara, tendo também viajado com a comitiva duas atletas juvenis, Giulia Takahashi e Laura Watanabe, que têm tido oportunidade de evoluir e ter intercâmbio de treino com atletas portuguesas.



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