“O orçamento para 2021 é de 3,8 milhões e tem uma forte componente na parte social e de recursos humanos. Cerca de 50% das despesas são nessa área. A restante vai ser direcionada para o desenvolvimento do concelho, nomeadamente para obras de alguma importância”, declarou à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal, o socialista José Carlos Mendes.

O documento foi aprovado no início do mês em reunião de câmara e vai ser votado em Assembleia Municipal no dia 09, órgão no qual o PS tem a maioria.

José Carlos Mendes assinalou o “ligeiro aumento” do valor do orçamento em comparação com 2020, mas destacou que as receitas da autarquia dependem “essencialmente das transferências do Orçamento do Estado e dos fundos comunitários”.

“Há um ligeiro aumento de verbas, mas relacionadas com fundos comunitários. Dada a nossa dimensão, muito pequena, as receitas municipais, ou seja, as receitas próprias, são muito baixas”, apontou.

O autarca considerou que o orçamento para 2021 prevê “uma série de investimentos importantes”, sobretudo ao nível da “reabilitação urbana e em termos de bem-estar, lazer e turismo”.

Entre os investimentos está a requalificação da zona balnear da freguesia de Ponta Delgada, a maior do concelho, uma obra “importante para a freguesia começar a desenvolver-se em termos turísticos”.

O orçamento prevê ainda o “reordenamento da zona central” de Santa Cruz, com intervenções na praceta Roberto Mesquita e dos espaços envolventes à igreja matriz, e a “criação de um passeio pedonal e marítimo junto ao porto velho” do concelho.

Os setores principais da economia de Santa Cruz das Flores são a agricultura e o turismo.

A Câmara Municipal de Santa Cruz regista a dívida mais baixa dos municípios dos Açores (cerca de 178 mil euros), de acordo com dados de 2018.