Autor: Lusa / AO online
"Considero que uma reestruturação que compromete uma estratégia voltada para o progresso custará mais de seis mil milhões, provavelmente chegaria aos sete mil milhões de euros", declarou o sindicalista Armin Schild em entrevista ao semanário Wirtschaftwochemagazine a aparecer segunda-feira nas bancas.
Schild, líder do sindicato da metalurgia IG Metal, mostrou dúvidas sobre a capacidade financeira da GM, levantando a questão sobre "de onde virá o dinheiro necessário" para tal reestruturação.
"A GM está a aguentar bem, mas só de aparência", disse Schild, questionando as capacidades dos órgãos de gestão da empresa.
"Uma empresa Opel bem sucedida tem que ter também dirigentes autónomos e competentes. E não vejo isso actualmente na GM", lamentou.
A General Motors estabelece os custos de reestruturação em três mil milhões de euros, mas um estudo do gabinete de avaliação da Moody evoca custos prováveis superiores a cinco mil milhões de euros.
A construtora norte-americana pretende apoio financeiro dos governos dos países envolvidos.
Os ministros não chegam a acordo neste processo muito sensível na Alemanha, onde trabalham 25 mil assalariados da Opel, enquanto que o ministro da Economia, Rainer Bruderle, referiu quinta-feira que o conselho fiscal da GM teria indicado não ter necessidade de dinheiro público para a reestruturação.
No entanto, o semanário Der Spiegel afirma hoje que a chanceler Angela Merkel e o seu ministro das Finanças, Wolfgang Schauble, estão prontos, em princípio, para prestar uma ajuda à Opel, ainda que a construtora alemã permaneça propriedade da GM.
A General Motors operou uma reversão espectacular no início deste mês ao decidir finalmente conservar a sua filial europeia Opel/Vauxhall.